sábado, 10 de novembro de 2012


GUARANI KAIOWÁ


Você me diz que é muita terra
E que não preciso de tanto chão
Que eu não produzo em escala
E que isso atrasa a nação
Que meu apego pela terra
É pura fetichização
E que outros lugares
Melhoraria minha situação
E me mostra gráficos
Imaginando a inauguração
E o gado, e os tratores, e as cifras
Na mais louca transação

E quando digo que não
Que eu não vejo assim
Gado, trator, cifra?
O que eu quero é aipim
Ver os meninos correndo soltos
Viver por mim
Estar junto dos meus mortos
E das coisas que me fazem assim
O rio primeiro em que me banhei
A mesma mata de antemão
Essa mesma terra aqui
Bem antes de ti, cidadão
Já era de todos
Porque não é nossa não
E isso você com sua “propriedade”
Não pode compreender
A função social da terra
É a função natural das coisas

E então suas leis e tribunais
Sua polícia e legislação
Dão o veredito final
Sobre milênios de incrustação
De um povo em sua terra
Que é sua própria identidade
Então esse povo decide
Se fazer uno com seriedade
E fundem sangue e terra
Num baile de irmandade
O índio vira terra
A terra vira índio
E o capitalismo segue impávido
Esse colosso bandido

DANIEL OLIVEIRA -29 OUT 2012
BELO HORIZONTE/MG - Militante PCB
http://coletivorosadopovo.blogspot.com.br/

quinta-feira, 8 de novembro de 2012



Sangue


Meu sangue é o sangue dos homens
Dos trabalhadores
Dos operários
Do proletariado

Meu sangue é o sangue dos explorados
Daqueles que nunca abaixam a cabeça
Dos que vivem cativos e espoliados
Dos honestos, dos revoltados

Meu sangue é o sangue que quer justiça
Dos que não aguentam a injustiça e a opressão
Dos seres de bem
De todos os do BEM

Meu sangue enche os rios
As matas
Os mares
As montanhas
As ruas
As lojas
As fábricas

Mas um dia será um turbilhão
Um tsunami de justiça
De igualdade
Da verdade
Um sangue
Só um sangue
O sangue dos homens
O sangue da terra.

Afonso Costa 

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Ser militante do PCB após o resultado das eleições  
Crédito: PCB     -  Hugo Bras*

Não ganho salário, nem mesmo o aceitaria,
Estou na rua e luto por ideologia!
Tenho tarefas e reuniões todos os dias.
Vou para assembléias, atos e congressos,
Vou para sindicatos, universidades e portas de fábrica,
Vou para o campo, vou para a cidade.
Já tive que me despedir dos amigos, das namoradas e da família,
Já perdi camaradas que lado a lado comigo lutaram
Já fui preso e fui torturado!
É camarada, Não é mole não, Não é mole não.
Já até mesmo encomendaram minha morte.
Quando me deram por vencido,
Resisti e hoje me reapresento firme e forte!
Não venci essa eleição,
Sinto-me abatido,
Levanto minha cabeça e volto para minha rotina.
Quando me questionam se valeu a pena,
Eu respondo:
Nossa revolução não será feita de quatro em quatro anos ou mesmo de dois em dois anos,
Nossa revolução eu construo no dia a dia,
Pois somente de uma coisa eu tenho certeza,
Que nossos sonhos são grandes demais para a urna da burguesia!

*Hugo Bras, 19 anos, estudante da UFRJ, militante da UJC-RJ

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cecilia canta "No tempo dos quintais"


A LEI DA MORDAÇA 

Nesta manhã estava eu ouvindo musica e encontrei uma jóia de Sivuca e Paulinho Tapajós, cujo titulo é "No tempo dos quintais", tanto a melodia quanto a letra chama atenção por sua singeleza, e nos leva a um tempo de fadas, quintais arborizados e floridos, um tempo em que não se falava em violência.
Mas não sei por qual motivo isso me fez lembrar no tempo dos "coronéis", que não tem ligações com a carreira militar, mas sim nos chefes políticos de que comandavam as cidades interioranas. Aquele mandava de desmandava, para fazer oposição a estes tinha que ser valente.
Depois dos coronéis tivemos os generais, tempos conhecido como "anos de chumbo" onde a violência do estado matou e fez desaparecer muita gente.
Mas a resistência nos levou a vitoria, hoje vivemos um período de  liberdades, onde podemos nos expressar,  podemos fazer oposição aos poderosos. Mas assim como nos tempos de "coronéis" e dos "generais" temos que ter coragem, pois ainda existem muitos que não aceitam criticas e opiniões contrarias, a democracia fica tão somente nos discursos,  coisas de palanque, na pratica a teoria é outra.
Os poderosos perseguem seus opositores principalmente em seu ambiente de trabalho, é o que podemos chamar de "operação João Batista", isso acontece  no setor publico e privado, existem prestadores de serviços que mascam granito para sobreviver não lhes dão trabalho.
Falar a verdade continua incomodando muita gente, mas não podemos nos intimidar, pois não temos só deveres, é necessário conhecermos nossos direitos.
Temos que ficar espertos, principalmente neste período eleitoral, para isso vale a velha frase "diga-me quem te financia, que direi para quem governa".

terça-feira, 4 de setembro de 2012


Esta também é muito boa.

Esta é a historia de Jody o Perigosinho, um camarada boa pinta, cujo objetivo maior era correr atrás da mulherada. Despido de preconceitos o camarada vivia passando o cerol, se não fossem  preservativos e anticoncepcionais com certeza seria ele uma explosão demográfica.
Mas um dia o camaradinha se acabou se enroscando, conheceu uma dama em uma rede social e cheio de amor pra dar, começou a correr atrás da presa e foi então que descobriu que a mesma era profissional na área de embelezamento capilar, também conhecida como cabeleireira.
Não pensou muito, deduziu logo que as coisas ficaram mais fáceis se a procurasse para dar um"tapinha" no visual ,  agendou um horário e para o salão se dirigiu, optou então pela maneira mais fácil e barata que era cortar os cabelos, não que estivesse necessitando de tal serviço.
Chegando ao salão sentou-se confortavelmente na cadeira e pois se a trocar idéias, enquanto isso ela armou-se de uma maquina de cortar cabelos que em suas mãos parecia mais uma Colhedora 3522 John Deere tamanha era a devastação provocada pela mesma.  Ah se arrependimento matasse com certeza estaríamos hoje nos preparando para assistirmos a missa de sétimo dia deste mulherengo obstinado.
Para resumir,  o malandro, este saiu do salão procurando outro profissional da área, pois necessitava urgentemente de reparos em o que já fora chamado de "belos cabelos", e  por pouco, bem pouco não teve os cabelos raspados.
É... Morro e não vejo tudo...

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. 

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. 

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?


terça-feira, 28 de agosto de 2012


VOU ACABAR COM O BAILE

No carnaval de Ilha das Flores foi só loucura, os loucos da cidade e os malucos da banda transformaram a cidade em um grande circo.
Numa noite mais ou menos no meio do baile Zé Lingüiça chegou até Chocolate e disse:
- Negrão, vou acabar com esse baile!!!
Sem entender muita coisa Chocolate ficou a ouvir o moleque que continuou:
- Vou até a caixa de som e bater com o trompete, quer ver ?
Foi aí que Chocolate perguntou o que tava pegando, o menino respondeu:
- estava no canto fazendo xixi na garrafinha e o Jonny me deu a maior bronca, ele vai ver só, não vai mais brincar comigo.
Nestas alturas vendo a palhaçada do cara, imediatamente  levou o louco até a mesa de som e orientou para que ele junta-se a fiação.
E imediatamente o moleque respondeu:
- Ta doido Negão? 
- Se fizer isso a turma me mata!!!
O final da historia todos já podem imaginar, o baile continuou e Zé Linguiça teve que assoprar seu pistom como também é conhecido o referido instrumento até as quatro da manhã.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012




RACISMO NO BRASIL

Racismo explícito no Zorra Total relembra humor segregacionista dos EUA
Publicado em Terça, 21 Agosto 2012 14:21

Nos Estados Unidos, o uso de atores brancos – ou mulatos – com a cara pintada de preto, ou "blackfaced", em papeis que ridicularizavam os negros foi prática comum nos tempos da segregação racial

Por: Jorge da Silva

Um quadro do programa Zorra total, da Rede Globo, tem provocado indignação no público sensível aos problemas do racismo e da discriminação racial no Brasil. Tem como protagonista uma mulher chamada Adelaide – interpretada pelo ator – em que se concentram todos os estereótipos negativos atribuídos às mulheres negras: é feia, desdentada, ignorante, e costuma fazer referências pejorativas, por exemplo, ao cabelo dos negros. Um combustível perfeito para o bullying que aflige as crianças negras, especialmente as meninas, na escola e nos círculos de convivência, contribuindo para manter baixa a autoestima de um segmento da população quotidianamente adestrado a se sentir e comportar como inferior.

Infelizmente, o humor baseado em estereótipos raciais tem uma longa tradição em nosso país. Não é preciso muito esforço para nos lembrarmos de nomes como Grande Otelo (a despeito de seu reconhecido talento), Gasolina, Muçum, Tião Macalé, que sempre representaram personagens associados ao alcoolismo, à preguiça, à falta de cultura e de inteligência. Sem contar os brancos pintados de preto, até hoje presentes nos programas humorísticos da TV.

Nos Estados Unidos, o uso de atores brancos – ou mulatos – com a cara pintada de preto, ou "blackfaced", em papeis que ridicularizavam os negros foi prática comum nos tempos da segregação racial. Personagens como Aunt Jemima, Jim Crow (que poderíamos traduzir como Zé Urubu), Zip Coon, Buck, Jezebel, Pickaninny, Uncle Tom, Amos 'n' Andy e outros, que refletiam os mais grosseiros estereótipos a respeito dos afro-americanos e de sua cultura, eram, não obstante – ou talvez por isso mesmo -, altamente populares entre as platéias brancas. Na década de 1960, com o Movimento de Direitos Civis, incluindo boicotes organizados por entidades como a NAACP, o uso desses personagens se reduziu enormemente, embora continue presente, de forma bastante atenuada, em algumas produções mais atuais.

Em Bamboozled (2000), que no Brasil ganhou o título de A Hora do Show, Spike Lee faz uma crítica à tradição dos minstrel shows e do vaudeville, gêneros baseados nessa estereotipia. Aos interessados, vale a pena dar uma olhada no site black-face.com.

terça-feira, 21 de agosto de 2012



CANÇÃO DA SAÍDA


Se não tens o que comer
como pretendes defender-te
é preciso transformar
todo o estado
até que tenhas o que comer
e então serás teu próprio convidado.

Quando não houver trabalho para ti
como terás de defender-te
é preciso transformar
todo o estado
até que sejas teu próprio empregador.
e então haverá trabalho para ti

se riem de tua fraqueza
como pretendes defender-te?
deves unir-te aos fracos.
e marcharem todos unidos.
então será uma grande força
e ninguém rirá.


BERTOLD BRECHT

segunda-feira, 20 de agosto de 2012



PENSE NO FUTURO

Estamos em um período de grande agitação política, primeiro porque estamos em meio a campanha eleitoral onde nos esbarramos com candidatos a todo instante e o segundo é o julgamento do mensalão que também é assunto nas mesas de bar e nos veículos de comunicação.
A grande loucura nesta historia é que uma papo leva para o outro. Vejamos, tem candidatos oferecendo até a mãe em troca de voto, em muitos casos não sei se eles entregam a genitora, em outros sabemos que o eleitor vai querer a coroa, pois é difícil saber que é pior, se a mãe ou o filho. Mas vamos ao que interessa nesta luta insana para atrair os eleitores ele oferecem: Churrasco, pizza, almoço, jantar, gasolina, cestas-basicas, cortes de cabelos, botijões de gás o que o eleitor pedir.
Esta pratica nada mais é do que a velha compra de votos, uma forma de crime eleitoral. Aí vem a pergunta de onde vem tanto dinheiro para estas loucuras criminosas? Pois se somarmos os salários que os eleitos receberão em quatro anos de mandato, os mesmo não terão como pagar as contas. Ah! tem as doações de campanha, aí temos outra pergunta por que os doadores são tão generosos, qual o interesse de cada um neste jogo?
O que não devemos esquecer é que a corrupção começa na campanha eleitoral com estas praticas, e toda moeda tem duas faces. É uma relação como a do traficante com o usuário, o corrupto só existe porque alguém de deixa corromper. E esta conta no final é paga por toda a população.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ana Carolina - brasil corrupção

Brasil Corrupção

Ana Carolina

Neste Brasil corrupção
pontapé bundão
puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra
pra responder essa sujeira
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça
a não ser o céu
não tenho nada por sapato
a não ser o passo
Neste país de pouca renda
senhoras costurando
pela injustiça vão rezando
da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade

quarta-feira, 8 de agosto de 2012




Para que o PCB disputa eleições?
04 Agosto 2012 -Eleições 2012
                 
(Nota da Comissão Política Nacional do PCB)                               

Pode parecer difícil entender por que o Partido Comunista Brasileiro (PCB) disputa as eleições com poucos candidatos, em chapa própria ou em algumas coligações com pouca densidade eleitoral, reduzindo nossas chances de vitória.

É porque o povo é levado a pensar que a “política” se reduz às disputas eleitorais e acontece apenas de quatro em quatro anos, ou de dois em dois, já que eleições nos municípios não coincidem com as estaduais ou federais.

A mídia faz com que as eleições se transformem num “show”, escondendo o debate sobre os problemas reais vividos pela população. Nós do PCB não somos um partido eleitoreiro; não queremos crescer a partir de alianças e/ou acordos oportunistas, incompatíveis com nossas ideias e convicções. Por isso, a história das lutas dos trabalhadores brasileiros não pode ser contada sem que se fale no PCB. São 90 anos de vida ativa e coerente em defesa da classe trabalhadora.

O PCB desenvolve uma linha política revolucionária, e acha que nas eleições deve ocorrer um debate profundo sobre a vida dos trabalhadores nas cidades e no campo, que não está descolada da situação do país e do mundo. Os candidatos do PCB não participam das eleições apenas para tentar ganhá-las, mas para fazer com que este debate exista, avançando a luta dos trabalhadores e a organização dos movimentos sociais.

O momento exige uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança radical no “desenvolvimento” das cidades. Este deve existir a partir das necessidades dos trabalhadores e das camadas populares, maiores vítimas da exploração e do caos urbano gerado pelo capitalismo. Afinal de contas, sentimos na pele a queda da qualidade de vida pelo aumento da violência e das doenças, pela desigualdade de acesso à educação, ao conhecimento e à cultura, pela destruição do meio ambiente.

O PCB se recusa a fazer parte do jogo sujo que transforma os partidos políticos em meros fantoches de grandes grupos econômicos que não se importam com os trabalhadores. Não usamos as eleições para fazer falsas promessas e enganar o povo. Afinal de contas, o trabalhador vai sendo alijado dos fóruns de decisão e cada vez mais se tornando massa de manobra em favor dos interesses dos poderosos.

Não achamos que “é feio” perder eleições. Entendemos exatamente o contrário; feio é ganhar eleições através da compra de votos, de falsas promessas, de políticas inconsistentes que transformam tudo em jogo eleitoral e afastam a participação popular após o pleito, que trata o eleitor como “consumidor” de candidatos transformados em “mercadoria” pelo marketing e as conveniências do momento.

Nessas eleições, em todas as cidades em que tiver candidatos, o PCB falará uma só linguagem, pois tem um como princípio o compromisso com os trabalhadores. Queremos sim eleger alguns dos nossos candidatos, para que os comunistas transformem seus mandatos em instrumento a serviço da denúncia política, da crítica ao capitalismo, da apresentação de propostas objetivas para os interesses da classe trabalhadora e, principalmente, do apoio às lutas populares e defesa de seus interesses.

Para o PCB, a política não se esgota no voto, não se limita à época das eleições. Os trabalhadores devem fazer política o ano todo, organizando-se, lutando e debatendo tudo que lhes diz respeito como o orçamento público, a educação, a saúde, os transportes, a cultura, a assistência social, a reforma urbana e agrária, a preservação ambiental. E principalmente uma nova sociedade, sem explorados nem exploradores.

Para podermos construir o verdadeiro Poder Popular, só com muita luta e organização todos os dias, não apenas no calendário eleitoral. Convidamos você a fazer parte desse projeto, não apenas através de seu votoconsciente no PCB mas principalmente de sua participação nos movimentos sociais e políticos populares organizados.

Construa ao nosso lado a nova ordem socialista! Só a luta muda a vida!

PCB – Partido Comunista Brasileiro


Pior que tá fica

Tem coisas dificeis de entender, em Botucatu as praças foram e estão construidas e revitalizadas, não que estas não merçam atenção do poder publico municipal, afinal trata-se de um espaço de lazer, socialização e cultura para a comunidade, mas outras obras devem receber a mesma atenção.
Botucatu é uma cidade de vanguarda não podemos discordar da administração, a sede dos Jogos Olimpicos de 2016 será Rio de Janeiro, mas saimos na frente e lançamos uma nova modalidade, o revesamento de ponte.
esta é a mais nova modalidade esportiva da humanidade.
veja bem, a ponte da Rua Veiga Russo proximo a EE Prof. José Pedreti Neto foi liberada,  com asfalto muito ruim, cheio de ondulação - aliás como em toda a cidade, mas a felicidade durou pouco, pois fou interditada a ligação das Ruas Rafael Sampaio e Djalma Dutra.  coisa de louco, pois na Rafael Sampaio temos tres estabelecimentos de ensino e uma unidade de saude.
Mas para que se preocupar com ponte se temos praças?
Contrariando o que disse Tiririca, pior que tá fica.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A luta por melhores salários e a revolução
Na sociedade capitalista, a força de trabalho é uma mercadoria que o trabalhador assalariado vende ao dono do capital, recebendo por ela um determinado valor em dinheiro, ou seja, o salário. Portanto, o salário é o preço que o capitalista paga pela compra da força de trabalho do operário. Mas, como vendeu sua força de trabalho, digamos 8 horas por dia a R$ 10,00, tudo o que o operário produzir de valor acima de R$ 10,00 pertence ao patrão. Assim, um operário de calçados que em apenas 1 hora produziu cinco pares de sapatos no valor total de R$ 10,00 vai trabalhar as outras 7 horas gratuitamente para o capitalista, pois em apenas 1 hora produziu o que o capitalista lhe paga por 8 horas de trabalho, ou seja, R$ 10,00. Todas as sete horas restantes de trabalho são, portanto, trabalho gratuito do operário para o capitalista, ou seja, a mais-valia ou lucro. É daí que vêm a riqueza dos patrões e o roubo que eles fazem do trabalhador.
Entretanto, como explica Karl Marx, fundador do socialismo científico, embora só uma parte do trabalho diário do operário seja pago, enquanto a outra parte não é paga (e seja precisamente essa parte não paga que constitui o fundo a partir do qual se forma a mais-valia ou lucro), todo o trabalho tem a aparência de trabalho pago: “No regime de trabalho assalariado, ou seja, no capitalismo, com o pagamento do salário fica oculto, escondido, o tempo que o operário assalariado trabalha gratuitamente”(O Capital). Quer dizer, o salário encobre a exploração capitalista e, por isso, capitalistas e até operários acreditam que todo o trabalho foi pago, uma vez que o trabalhador recebe o salário por hora, dia, semana ou mês de trabalho, ficando encoberto o trabalho gratuito que o operário realizou e do qual o patrão tomou posse.
Quanto mais baixo o salário do trabalhador, maior é o lucro do patrão

Em outras palavras, quanto menor for o salário pago pelo capitalista ao trabalhador, maior será a mais-valia e maior será o lucro. Por isso, os capitalistas são sempre contra os aumentos de salários e tudo fazem para impedi-los, inclusive mentir. Este é o caso da afirmação de que aumento de salário causa inflação, mentira que os economistas burgueses e o governo vivem repetindo, mas que os fatos sempre desmascaram. Basta verificar que, no Brasil, os salários praticamente não tiveram nenhum aumento em 1999, enquanto os preços dispararam.
A burguesia tem todo interesse em manter na classe operária a crença de que todo seu trabalho é pago, pois para manter a escravidão assalariada ela necessita que o proletariado esteja sob a influência da ideologia burguesa. Portanto, dizer que o trabalho do operário é inteiramente pago pelo salário, além de ser uma inverdade é favorecer os capitalistas, dando- lhes um meio de reforçar a exploração.
Dessa forma, o problema de que apenas uma parte do trabalho do operário é pago pelo patrão constitui, na verdade, uma questão de grande importância para a luta de classe do proletariado. Pois, como também demonstrou Marx, a libertação da classe operária da ditadura burguesa não poderá efetuar-se sem que ela se liberte dessa influência ideológica da burguesia. Em outras palavras: a luta de classe do proletariado não é somente política e econômica, mas também teórica, no sentido de desmascarar cada uma das mentiras espalhadas pela burguesia, que têm por objetivo esconder a exploração capitalista.
Salário real e salário nominal

Observemos agora a diferença entre o salário nominal e o salário real. Salário nominal é a soma em dinheiro que o trabalhador recebe pela venda de sua força de trabalho. Pode aumentar e, mesmo assim, não significar uma melhora nas condições de vida do operário, já que é sempre mais rápido e mais intenso o crescimento dos preços dos artigos de consumo e dos impostos.
O salário real é aquele que indica quantos e quais artigos de primeira necessidade e que serviços pode comprar o trabalhador com seu salário. Portanto, para determinar o salário real de um operário é necessário saber quanto ele paga pelos artigos de uso e consumo, qual o custo do aluguel, quanto paga de impostos, quanto de horas trabalhadas não lhe é pago etc.
A burguesia e seus economistas procuram, com suas estatísticas, falsificar essa realidade de várias formas. Quando vão calcular o valor real dos salários incluem os salários dos gerentes, dos diretores de bancos e de uma minoria de dirigentes da burocracia estatal. Dessa forma, a média é puxada para cima e encobre a miséria que é o salário do trabalhador. Por outro lado, excluem também desses cálculos o salário pago ao operário agrícola e ainda o enorme exército de trabalhadores desempregados que é, inclusive, uma das condições para os baixos salários. O mesmo realizam os governos dos capitalistas nos índices de inflação, adotando critérios de peso que terminam por diminuir o custo dos artigos que mais os trabalhadores consomem. Assim, os índices oficiais de inflação são sempre menores do que a vida real revela.
“Quanto mais homens e mulheres estiverem desempregados, melhor será para os capitalistas e seus lucros na bolsa de valores. Quanto mais cresce a riqueza dos capitalistas, mais os operários e as massas populares ficam miseráveis. É evidente que um regime desse não pode e nem deve continuar existindo, visto que sua continuidade implica o crescimento do desemprego, da fome e da miséria dos trabalhadores”.
A queda dos salários no capitalismo

No capitalismo, “a tendência geral não é elevar os salários mas, pelo contrário, baixá-los, ou seja, reduzir o valor da força do trabalho para seu limite mínimo” (Marx. Salário, Preço e Lucro).
São várias as condições que determinam a queda dos salários no capitalismo. Uma das principais é o desemprego. Quanto maior o número de trabalhadores desempregados, maior é a oferta da força de trabalho e, conseqüentemente, menor é o valor pago pela compra da força de trabalho, ou seja, menor é o salário. Aproveitando-se dessa situação, muitas vezes o capitalista paga ao operário um valor inferior ao valor da força de trabalho, ou seja, ao necessário para ele manter sua força de trabalho e a sua família. Isso explica por que os capitalistas nada fazem para acabar com o desemprego. Pelo contrário, para eles, quanto mais trabalhadores desempregados existirem melhor, pois pagarão um salário mais baixo aos operários e maiores serão seus lucros.
Prova disso é uma matéria do jornal burguês Folha de S. Paulo, em 6 de março de 1999. Nela, lemos a seguinte manchete: “Desemprego sobe e Bolsa de NY bate recorde”. E, na linha acima da manchete: “Mercado reagiu com alívio à divulgação do aumento do índice de desemprego, o que reduziu a taxa de juros”.
Vejamos outro exemplo: no dia 15 de dezembro de 1999, o monopólio norte-americano Exxon Mobil anunciou que vai demitir 14 mil trabalhadores nos próximos três anos, 13% da sua força de trabalho. Com o anúncio das demissões, as ações da Exxon Mobil subiram e o presidente da gigantesca empresa, Lee Raymond, declarou: “Estávamos muito animados com as perspectivas para a companhia e estamos ainda mais agora”.
Está aí revelada a natureza do capitalismo, sua ganância e o desprezo pelo sofrimento do trabalhador e de sua família. Quanto mais homens e mulheres estiverem desempregados, melhor será para os capitalistas e seus lucros na bolsa de valores. Quanto mais cresce a riqueza dos capitalistas, mais os operários e as massas populares ficam miseráveis. É evidente que um regime desse não pode nem deve continuar existindo, visto que sua continuidade implica o crescimento do desemprego, da fome e da miséria dos trabalhadores.
Não é possível, portanto, numa sociedade na qual o lucro é o principal objetivo e são os capitalistas que mandam e governam, acabar com o desemprego. Só, de fato, numa economia em que prevaleçam os interesses coletivos e os trabalhadores sejam os que governam, isto é, numa economia socialista, pode ter fim toda a infelicidade causada pelo desemprego.
Uma outra condição da sociedade capitalista que leva a rebaixar os salários dos operários e aumentar a exploração é a utilização de modernas e avançadas máquinas na produção. Como sabemos, as máquinas permitem, no geral, um aumento extraordinário da produtividade. Sendo assim, seria natural que sua adoção na indústria, no comércio e na agricultura terminasse por beneficiar o trabalhador, reduzindo sua estafante jornada de trabalho e permitindo uma melhoria nas condições de vida e trabalho. Entretanto, na sociedade capitalista ocorre o inverso: os avanços tecnológicos são usados pelos capitalistas para forçar o operário a trabalhar mais e a produzir mais mercadorias. Não ocorre nenhuma redução da jornada de trabalho e nenhum aumento real dos salários pelo contrário.
Vejamos um exemplo. Em 1973, os 96 mil operários das indústrias automobilísticas brasileiras produziram 750 mil veículos. Em 1998, também 96 mil operários dessas indústrias produziram 1,6 milhão de automóveis, mais que o dobro do que 25 anos antes. Como vemos, trata-se de um aumento de produtividade gigantesco, ou seja, cada operário mais que dobrou sua produção. Mas essa ampliação da produção beneficia unicamente os proprietários dos meios de produção, os capitalistas, que passam a ter mais produtos para vender e vêem crescer seus lucros. Na sociedade capitalista, todo o desenvolvimento da técnica é usado pelos donos do capital para aprofundar a exploração dos trabalhadores, já que estes, em menos horas de trabalho e pelo mesmo salário, produzem um maior número de mercadorias, assim crescendo seus lucros. Eis porque esse é outro fator de rebaixamento do valor do salário real do operário.
Da mesma forma, o prolongamento da jornada de trabalho é também uma das principais maneiras de os capitalistas rebaixarem os salários. Dito de outra forma, quanto mais os capitalistas prolongarem o dia de trabalho, maior será a quantidade de trabalho do operário de que podem se apropriar. Dados recentemente divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que, apesar de todo o avanço da mecanização e da computação nas empresas, as pessoas estão trabalhando cada vez mais em quase todos os países capitalistas. Nos EUA, por exemplo, apesar de a jornada de trabalho de quarenta horas semanais ter sido fixada em 1938, em várias regiões do país a média de horas trabalhadas chega a 60 horas. Como está claro, o capitalismo busca sempre, e de forma implacável e sem nenhuma piedade, reduzir o trabalhador a menos que um animal de carga.
Por outro lado, numa economia socialista, todos os avanços tecnológicos, progressos técnicos e máquinas são utilizados em benefício dos que trabalham e produzem as riquezas, permitindo que haja uma redução substancial da jornada de trabalho.
A utilização do trabalho da mulher e da criança

O valor da força de trabalho é calculado de forma a garantir a manutenção e a reprodução da vida do trabalhador e da sua família. Daí que, na economia capitalista, a incorporação das mulheres e das crianças à produção, em vez da propalada “igualdade de oportunidades” de que falam os meios de comunicação burgueses, tem por objetivo reduzir o salário do operário e aumentar o lucro dos capitalistas. Agora, toda a família trabalha e recebe o que antes só um recebia, quer dizer, a exploração da classe operária é reforçada em seu conjunto. Ainda mais porque, como sabemos, no capitalismo as mulheres recebem, pelo mesmo trabalho que os homens realizam, um salário menor, e as crianças e adolescentes, um salário várias vezes inferior ao que é pago aos adultos.
Vale dizer também que a exploração do trabalho infantil provoca o crescimento das doenças e da mortalidade infantil, além de privar as crianças da educação. No Brasil, mais de cinco milhões de crianças trabalham e são superexploradas pelos capitalistas, ganhando abaixo de um salário mínimo.

Os impostos, a inflação e a redução do salário

Uma outra importante maneira de os capitalistas rebaixarem o salário do trabalhador são os impostos, sejam diretos (imposto de renda, CPMF etc.), descontados no salário, ou indiretos, os que o trabalhador paga ao consumir qualquer produto (IPI, ICMS etc.). Na verdade, quase um terço do salário de uma família operária é gasto com os diversos impostos cobrados pelo governo dos capitalistas.
Aliás, os impostos indiretos pagos pelo povo são uma maneira que os capitalistas têm de transferir para a população os pagamentos que eles deveriam fazer ao Estado. Fazem isso incluindo nos preços dos produtos o valor dos impostos que pagam. (Mesmo assim, ainda sonegam). Mais: os impostos permitem que os capitalistas recuperem uma parte dos salários que pagaram aos operários, pois o dinheiro recolhido dos trabalhadores, em vez de ir para a saúde, educação e programas sociais, é utilizado pelo governo dos capitalistas em benefício deles próprios, como mostram o financiamento das privatizações; os subsídios à Ford; os chamados incentivos fiscais; os pagamentos dos juros das dívidas interna e externa; os empréstimos do governo a usineiros e latifundiários, nunca pagos; o Proer etc.
Mas não é só isso. A inflação, ou seja, o aumento dos preços dos artigos de amplo consumo contribui, e muito, para encarecer a vida e, em conseqüência, rebaixar o salário real. Vejamos o caso dos remédios, que nos últimos dois anos tiveram aumentos de mais de 200%; também do aluguel que, devido à especulação, cresceram enormemente nas últimas décadas, tornando proibitivo para uma família de trabalhador alugar uma casa para morar. Isso explica por que milhões de trabalhadores são obrigados a viver embaixo dos viadutos ou nas calçadas.
Assim, quando ocorre a inflação, o operário compra cada vez menos mercadorias e não consegue restabelecer o valor de sua força de trabalho. Seu salário real diminui, o que é vantagem para os capitalistas, pois a queda do salário real implica uma diminuição dos custos de produção e o aumento dos seus lucros. Quer dizer, são os capitalistas que lucram com a inflação.

A greve e a luta da classe operária pela elevação dos salários e redução da jornada de trabalho
Em sua incessante sede de lucros, a burguesia procura sempre pagar o salário mais baixo possível ao trabalhador e, até mesmo, inferior ao necessário para ele se manter e viver. Quando isso acontece (e é exatamente o que hoje vem acontecendo em todos os países capitalistas, em particular no Brasil), a população trabalhadora vive doente, morre cedo e seus filhos crescem com grandes problemas físicos e mentais. A vida vai se tornando insuportável para todos os que vivem nessa escravidão assalariada.
Para deter esse genocídio que o capitalismo pratica, a classe operária luta para elevar os salários e impedir a sua diminuição, bem como para estabelecer um salário mínimo verdadeiro, reduzir a jornada de trabalho e ampliar os seguros sociais, como saúde e educação pública. Não travar essa luta é ceder covardemente à tirania do capital e privar-se da possibilidade de desenvolver movimentos de maior envergadura.
Ora, os objetivos dos grandes monopólios capitalistas e dos países imperialistas, através de seus órgãos como OMC, FMI, Banco Mundial, ONU etc., e dos governos capitalistas, como o de FHC, são contrários a tudo isso. Pretendem, sim, é acabar com os programas sociais e eliminar os direitos trabalhistas, como mostram as recentes leis do contrato temporário; das cooperativas; e todas as tentativas feitas para extinguir o FGTS, 13o, licença- maternidade, e até ampliar a jornada de trabalho. Nessa luta por seus direitos e contra a exploração capitalista, a classe operária conta com o apoio de todos os explorados e humilhados pelo capitalismo e enfrenta a ferocidade tanto da burguesia como do Estado burguês. Por sua vez, os capitalistas usam da repressão policial, da justiça burguesa e da corrupção de parlamentares e dirigentes sindicais, como os da Força Sindical, para derrotar os operários e aprofundar a exploração. Um dos meios de que a classe operária dispõe para lutar pela elevação dos salários, redução da jornada de trabalho e melhoria das condições de vida e de trabalho é a greve. Foram as grandes greves dos operários no início deste século que terminaram por forçar os governos burgueses a aceitar a jornada de oito horas e a fixar um salário mínimo.

Hoje, mais uma vez, em todo o mundo, a burguesia tenta acabar com essas conquistas e promover o que, pomposamente, chama de “flexibilização das relações de trabalho”. É aí que a luta econômica do proletariado adquire uma grande importância para enfrentar o aprofundamento da exploração e a cada vez maior ganância dos patrões. Opor uma firme resistência a esses planos dos capitalistas é hoje uma luta central da classe operária. Portanto, é fundamental que verdadeiros dirigentes operários ocupem seu lugar nos sindicatos e trabalhem para fazer avançar a organização e a luta da classe operária e de todos os trabalhadores contra o aprofundamento da exploração capitalista. Os sindicatos sempre foram uma importante escola de luta de classes para as grandes massas trabalhadoras e, neste final de século XX, quando ocorre o aumento da exploração capitalista, ou assumem este papel ou serão ultrapassados pela luta da classe operária.

A revolução e a abolição do sistema de trabalho assalariado
Porém os trabalhadores não devem exagerar o resultado final destas lutas por melhores salários, pois, como afirmou Marx, “é uma luta apenas contra os efeitos e não contra as causas desses efeitos; aplica paliativos e não cura a doença. Os operários não devem, portanto, deixar-se absorver exclusivamente por essas escaramuças inevitáveis provocadas continuamente pelos abusos incessantes do capital ou as variações do mercado. Impõe-se que compreendam que o regime atual, com todas as misérias que os oprimem, origina, ao mesmo tempo, as condições materiais e formas sociais necessárias para a transformação econômica da sociedade. Em vez da palavra de ordem conservadora “um salário justo por um dia de trabalho justo”, devem inscrever na sua bandeira a palavra de ordem revolucionária: “Abolição do sistema de trabalho assalariado”. (Salário, Preço e Lucro).
Em outras palavras, a luta econômica, apesar de sua importância, é dirigida apenas contra os efeitos do capitalismo (baixos salários, aumento da jornada de trabalho etc.). Para a classe operária acabar em definitivo com todo o seu sofrimento é necessário realizar uma revolução que corte o mal pela raiz, ou seja, que acabe com o modo de produção capitalista. E quem não compreende que somente através da luta política revolucionária, dirigida por um partido comunista revolucionário, é possível destruir a escravidão assalariada e toda opressão econômica e política que causa o capitalismo, não pode dizer-se marxista.
Como deixa claro o avanço da luta dos trabalhadores em todos os países, diante de toda a violência, humilhação, ruína e exploração causadas pelo capitalismo, a classe operária, e o povo, não se curvam. Aliás, como mostra a história, ela se fortalece a cada dia, pois tem certeza de seu futuro e luta não apenas para elevar seus salários, mas pela libertação de todos os humilhados e ofendidos pelo regime dos exploradores.

Luiz Alencar Falcão é membro do Comitê Central do PCR e diretor de redação do jornal A Verdade
(Publicado no Jornal A Verdade, nº 6 )
http://averdade.org.br/2012/02/a-luta-por-melhores-salarios-e-a-revolucao/

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Os bandidos e a política

A criminalidade se exerce em todos os setores da sociedade, e um de seus objetivos é o controle ilegítimo das instituições do estado. A elas podem chegar, mediante a compra de votos e outros recursos, ou controlando alguns políticos mediante o suborno, a corrupção.


*Mauro Santayana

Em um de seus melhores ensaios sobre Política e Criminalidade (Politik und Verbrechen), o pensador contemporâneo Hans Magnus Enzensberger, conta que Al Capone, em 1930, chegara a seu apogeu, sem que fosse incomodado pelas instituições do Estado. Ao contrário, eram notórias suas relações com os políticos, com a polícia e com os jornalistas, e todos cultivavam o seu poder e se nutriam de seu dinheiro.
Era um mito ou, como melhor explica Enzensberger, um paramito, criação dos tempos modernos, que não passam de uma miragem dos tempos realmente heróicos, nos quais os mitos nasceram. Os turistas pagavam para, de ônibus, percorrer os bairros em que a quadrilha de Scarface exercia, de fato, o poder de estado, sob o olhar indiferente dos moradores e de seus asseclas – da mesma forma que os visitantes, com a permissão dos narcotraficantes de hoje, passeiam pelas favelas cariocas.

Nesse ano de 1930, segundo as fontes do escritor alemão, a Warner Bros, que crescera com os mitos que criava e vendia, ofereceu uma fortuna a Al Capone para que, em um filme sobre o gangster, interpretasse o próprio Al Capone, o que ele recusou. O criminoso novaiorquino, que se transferira para Chicago aos 20 anos, fizera fulgurante carreira e, aos 30 já reunira cem milhões de dólares daquele tempo – uma quantia equivalente a muito mais de três bilhões de dólares em nossos dias. Tal como em nosso tempo, com o neoliberalismo, a globalização liberal dos anos 30 criara a crise de confiabilidade na moeda e nas instituições políticas. Só Roosevelt, com o New Deal, restabeleceria a confiança no Estado.

 

Al Capone queria ser o homem mais rico e mais poderoso dos Estados Unidos. Como se sabe, um ano depois a Justiça pegou Capone, porque não pagava imposto de renda. Condenado a 11 anos, transferido para um hospital, acometido de demência provocada pela sífilis, Capone morreu aos 48 anos, em uma propriedade sua na Flórida. Já naquele tempo, havia laranjas, e com a doença do gangster, a maior parte de sua imensa fortuna se distribuiu, naturalmente, entre os prepostos. Os que lhe mantiveram fidelidade garantiram o seu bem-estar possível, mesmo na demência, até o fim.
A criminalidade se exerce em todos os setores da sociedade, e um de seus objetivos é o controle ilegítimo das instituições do estado. A elas podem chegar, mediante a compra de votos e outros recursos, ou controlando alguns políticos mediante o suborno, a corrupção. Os políticos, quando honrados, buscam conquistar o mando mediante a confiança dos cidadãos, e se dedicam a promover o bem comum. Os criminosos se preocupam em construir o seu poder mediante os meios conhecidos, entre eles os da violência sem limites. Um traço comum aos chefes de gangsters é o da "generosidade". Os defensores de Cachoeira, a começar pela mulher, dizem que ele está sempre disposto a ajudar os outros. Desde, é claro, que os outros o obedeçam. Capone se considerava o grande benfeitor de Chicago, oferecendo dinheiro para iniciativas sociais e obras de caridade.

É o que estamos constatando mais uma vez, nas relações de Carlos Cachoeira com parlamentares e personalidades do poder executivo. São tantas as evidências que não é arriscado identificar, no empresário goiano, o epicentro de uma vasta rede de jogos ilícitos e de assalto aos bens públicos, com a prática de corrupção política, e, talvez, de delitos mais graves. A ministra Carmem Lúcia teve um momento de desabafo ao se referir à Lei da Ficha Limpa: ninguém suporta mais tanta corrupção.

Os senadores respiraram, aliviados, a decapitação de Demóstenes Torres. Provavelmente, alguns dos que comemoraram o sacrifício do bode expiatório estejam sendo precipitados. Estamos no início de uma revolução de caráter ético, bem diferente de outras do passado. A Revolução Francesa foi o resultado da circulação de mais de duzentos jornais em Paris e nas províncias. Hoje, com a internet, cada um de nós pode ser, ao mesmo tempo, jornalista, impressor e distribuidor de informações e opinião. Ainda que a rede esteja sendo usada pelos centros internacionais de poder, a fim de semear a discórdia e impor a sua vontade, a ação coordenada dos cidadãos pode vencer a batalha da informação.
Como nos ensina a dialética, a quantidade faz a qualidade.
*Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte
fonte: http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/14829-mauro-santayana-os-bandidos-e-a-politica

sábado, 14 de julho de 2012


Impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca que prefere viver no mundo como está em vez de usar o poder que tem para mudá-lo. Impossível não é um fato, é uma opinião. Impossível não é uma declaração, é um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário.

Mohammed Ali

quinta-feira, 12 de julho de 2012


É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida.
Bob Marley

domingo, 24 de junho de 2012


"Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável.
Agora estão me levando. Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo."

Bertolt Brecht

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Chove há alguns dias, mas a fogueira da ”inquisição” continua queimando, punindo os que tem pensamentos diferente, e que dizem o que eles não querem ouvir...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ah! Desgraçados!

Um irmão é maltratado e vocês olham para o outro lado?
Grita de dor o ferido e vocês ficam calados?
A violência faz a ronda e escolhe a vítima,
e vocês dizem: "a mim ela está poupando, vamos fingir que não estamos olhando".
Mas que cidade?
Que espécie de gente é essa?
Quando campeia em uma cidade a injustiça,
é necessário que alguem se levante.
Não havendo quem se levante,
é preferível que em um grande incêndio,
toda cidade desapareça,
antes que a noite desça.

Bertolt Brecht

quinta-feira, 14 de junho de 2012



FAZ-ME RIR?

Até parece piada, mas na cidade mais premiada do Brasil, equipamento que deveria servir para escoamento de águas pluviais vai por água abaixo.
Mas como todo processo licitatório tem alguém nomeado pela administração para atuar como fiscal fica a pergunta, quem era responsável pela fiscalização das obras executadas pela empresa Digna Construções Ltda. que venceu processo licitatório que resultou na erosão que acabaram afetando a Rua Brasílio Panhozi.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Cabeça dura...

Nos últimos dias estava eu com certa dificuldade deentender o proposito do requerimento de um vereador da base de sustentação do prefeito, que  solicitou por meio de requerimento a colocação de bancos no pronto socorro municipal (da região), em sua petição o parlamentar alega que com a colocação de tal equipamento os usuários do sistema teriam mais conforto enquanto aguardam para serem atendidos.
Se o vereador solicitasse junto à administração um aumento na quantidade de profissionais médicos para o pronto socorro seria mais interessante, e agradaria muito mais que os assentos solicitados. AfinalBotucatu lidera o ranking de cidades, com mais de 100 mil habitantes, com maior quantidade de médico por habitante. São 780 profissionais para 127.370 habitantes, o que resulta em um coeficiente de 6,12 médicos por mil habitante, só perde na quantidade médico por habitante para Cuba, onde há 6,39 médicos por mil habitantes.
Mas com o passar do tempo consegui clarear minha mente e descobri o porquê do requerimento, é que um chazinho de banco não traz danos à saúde e pode deixar o paciente mais tranquilo. Perdemospara a Ilha de Fidel na quantidade de médicos por habitante, mas em tempo de discurso de mandatário acho que já ganhamos a dianteira. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012


Euro terá jogos paralisados em caso de atos racistas


O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou nesta quarta-feira que árbitros irão paralisar partidas da Eurocopa no caso de jogadores serem vítimas de atos racistas de torcedores durante seus respectivos duelos na competição, que começará nesta sexta e será realizada na Polônia e na Ucrânia.

O dirigente máximo da entidade que controla o futebol europeu revelou, durante entrevista coletiva em Varsóvia (POL), que os juízes estão autorizados a "parar temporariamente o jogo e finalmente cancelá-lo se o racismo persistir" após a primeira paralisação.

A preocupação sobre o racismo na Eurocopa de 2012 aumentou depois que um programa de TV da famosa rede inglesa BBC exibiu, no mês passado, atos de descriminação durante jogos de clubes realizados na Polônia e na Ucrânia. Na ocasião, o ex-zagueiro da seleção inglesa Sol Campbell, que é negro, chegou a participar do programa e pediu aos torcedores ingleses que não viajem até os países-sede desta Euro, como forma de protesto e precaução contra atos racistas.

Depois de presenciar cenas reproduzidas pela BBC, nas quais torcedores ucranianos e poloneses fazem saudações nazistas e insultam jogadores negros com barulhos de macacos, Campbell chegou a dizer também que a Uefa errou ao determinar a Polônia e a Ucrânia como sedes da Eurocopa de 2012.

O problema do racismo também ganhou contornos polêmicos através do atacante italiano Balotelli, que na semana passada avisou que vai deixar o campo se ouvir cânticos com abusos raciais nos estádios durante a Eurocopa. A promessa do jogador, que também é negro, foi feita em entrevista para a revista France Football.

Platini, porém, avisou a Balotelli nesta quarta que esse tipo de atitude em campo lhe renderá um cartão amarelo. O dirigente enfatizou que a Uefa sempre orienta os juízes a combaterem o racismo em campo e lembrou ao atacante: "Não é o jogador, senhor Balotelli, que está no controle da situação".