quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Canção

Eles tem códigos e decretos.
Eles tem prisões e fortalezas.
(sem contar seus reformatórios!)
Eles tem carcereiros e juízes
que fazem o que mandam por trinta dinheiros.
Sim, e para que?
Será que eles pensam que nós, como eles,
seremos destruídos?
Seu fim será breve e eles hão de notar
que nada poderá ajudá-los.
Eles tem jornais e impressoras
para nos combater e amordaçar.
(sem contar seus estadistas!)
Eles tem professores e sacerdotes
que fazem o que mandam por trinta dinheiros.
Sim, e para que?
Será que precisam a verdade temer?
Seu fim será breve e eles hão de notar
que nada poderá ajudá-los.
Eles tem tanques e canhões,
granadas e metralhadoras
(sem contar seus cassetetes!)
Eles tem policia e soldados,
que por pouco dinheiro estão prontos a tudo.
Sim, e para que?
Terão inimigos tão fortes?
Eles pensam que podem parar,
a sua queda, na queda, impedir.
Um dia, e será para breve
verão que anda poderá ajudá-los.
E de novo bem alto gritarão: Parem!
Pois nem dinheiro nem canhões
poderão mais salvá-los.
Autor: Bertolt Brecht (1898-1956)


PLANEJAMENTO? O QUE É ISSO?

As coisas vem acontecendo e quando nós comentamos a respeito muitos torcem o nariz, dizendo que trata-se de oposição sistemática conta a administração municipal e que estamos vendo fantasmas onde não existem. Tem assuntos que comento como servidor publico municipal, outros porém como cidadão botucatuense, não sou nascido aqui mas me considero como tal.
Há mais ou menos 45 quarenta e cinco dias (mera coincidência) começaram a revitalização da Praça Rubião Junior - aquela defronte a Catedral. Onde do lado da Rua General Telles a calçada ou o passeio público, fora construída com concreto desempenado, tempos depois a lateral Rua Moraes Barros começaram a colocar o tipo de piso intertravado com pré-moldado de concreto. Algo estranho pisos diferentes na mesma Praça, hoje passando pelo local pude observar servidores municipais quebrando o piso feito de concreto desempenado.
Como podemos definir esta situação? Falta de planejamento ou de comunicação? E enquanto isso quem paga é a população, pois além do material utilizado tivemos também a mão de obra que poderiam ter sido empregados em outros locais da cidade.
Este tipo de coisa, pode vir a comprometer a saúde financeira do município, pois este tipo de desperdício pode estar acontecendo em locais menos visível, e passando desapercebido pela população, investimentos que poderiam estar sendo usado em outros locais.
Já ouvi dentro da Prefeitura que a população não paga impostos para ser gastos com servidores, mas estes recursos não devem ser jogados em caçambas de entulho, como neste caso.

Nós servidores estamos com 2% - dois por cento de "reajuste" que  muitos preferem chamar de esmola atravessado em nossas gargantas, enquanto vemos coisas assim acontecendo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Dando asas a cobras


“Dentro da Prefeitura Municipal de Botucatu tem muita coisa acontecendo, e que tem tirado os servidores do sério, levando muitos a "beira da loucura". Tem muita gente acreditando que está acima do bem e do mal, e se esquecendo que também é um servidor publico, e que antes de mais nada devem ter o chamado "espírito de corpo" o que traduzindo podemos dizer que devem tratar os demais trabalhadores da "casa" como companheiros ou se achar esta palavra politicamente pesada demais, diga colega de trabalho, camarada ou simplesmente a veja como um trabalhador como você. Não quero discutir a capacidade, apenas o fator educação.
Já cheguei a dizer que tem muita cobra ganhando asas, mas é importante lembrar que para ter asas deve ter a consciência de que uma hora ou outra, mesmo sabendo voar podem cair,  e esta queda pode trazer graves  sequelas.
A chamada função gratificada pode ter fim a qualquer momento, chefe hoje pode ser subordinado amanhã, e com isso provar do mesmo veneno. Chefia a gente ganha, liderança de conquista, mas pra nossa infelicidade nem todos os lideres são destacados para a função de chefe, se isso viesse acontecer com certeza a vida dos servidores municipais passaria a ser bem melhor, gerando assim uma melhor qualidade nos serviços prestados a comunidade.
Diretor de Departamento, Auxiliar de Serviços Gerais ou Trabalhador Braçal não muda sua condição de servidor publico que é de tratar todos com a mesma atenção seja contribuinte ou um colega de trabalho”.
Serafim Carlos de Arruda - Secretário Geral/SISPUMB

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Terceirizações no setor público 


Um tema nefasto em todos os sentidos para a administração pública, a terceirização representa a transferência para a iniciativa privada de responsabilidades do estado, abre portas à corrupção e lesa o direito do cidadão ao acesso meritório aos cargos públicos mediante concurso.  A ameaça é concreta. Aqueles que não tinham ciência disso podem ficar desenganados. O mestre em direito administrativo Dr. Leonardo Carneiro, expôs, com embasamento teórico e prático, que tanto o servidor público quanto o trabalhador da iniciativa privada tem um vinculo jurídico com o empregador que se fragiliza com a terceirização. “Nesse caso, fala-se, na jurisprudência, em empresa interposta, que é a mediadora entre o tomador de serviço e o trabalhador, prestador do serviço. A Justiça considera que ele é, mesmo assim, empregado da empresa tomadora de serviço. A mediadora seria apenas uma gestora do contrato", didatizou. A regra prevista é a de que só pode haver terceirização na atividade-meio, que não diz respeito diretamente ao negócio da empresa. "Por exemplo, o motoboy de uma telepizza não é atividade-meio, mas sim atividade-fim. Sua função é uma via direta para a concretização do negócio, é parte central dele”, explicou.  Prejuízos adicionais  Além de fragilizar as relações de trabalho, levando à redução salarial, a terceirização lesa o direito ao ingresso no serviço público por merecimento. “A seleção das terceirizadoras, em tese, é por capacidades. Porém, sabemos que nem sempre se contratam os melhores, mas sim os amigos, os colegas, ou os cabides dos gestores públicos. Vocês acham que o empresário prestador de serviço para Prefeitura não vai contratar quem o prefeito indicar? E o contrato dele depois, será renovado?”. Este, para o palestrante, é um grave problema das terceirizações na esfera pública. “São muitas leis, regulamentações, ligadas à política de pessoal. E a lógica da terceirização em favor do interesse público prevê a contratação dos mais eficientes”, continuou Leonardo, que já teve a experiência de ser gestor público e considera que existe alta complexidade na administração da massa de trabalhadores do setor. Risco iminente com o PL 4330 O projeto de lei do deputado Sandro Mabel, dono da famosa fábrica de biscoitos, só é doce na boca do patronato. Já aprovado em todas as comissões de mérito da Camara dos Deputados, passa agora pela apreciação da Comissão de Constituição e Justiça, última etapa antes de ir a plenário. “A mesa já aprovou uma resolução determinando que se a CCJ não apreciar o PL, ele vai para o Plenário com ou sem parecer. Se ele passar na Câmara, vai ser moleza no Senado, uma casa tradicionalmente conservadora. Lá está a força do agronegócio, das indústrias e grandes mineradoras”, advertiu o palestrante, também consultor legislativo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Haverá, nesse caso, autorização para a terceirização e quarteirização na atividade fim. Esta última permite que a empresa terceirizada possa, também, terceirizar. "A precariedade e exploração do trabalhador são acirradas”, alertou mais uma vez. Não é a toa, lembrou Leonardo, que não se vê noticias sobre este PL na mídia. Querem evitar polêmicas e aprovar o projeto de forma serena. Fonte: FESEMPRE

terça-feira, 15 de outubro de 2013

PARANOIA DELIRANTE


Ufa... já faz um bom tempo que não escrevo nada para este espaço, mas hoje com alguns fatos acontecendo e muita gente fazendo loucuras resolvi ressuscitar o "Velho  Cavaleiro".
Não sou profissional da saúde mas, acredito que o assunto é interessante, e vale a pena comentar. Segundo a enciclopédia livre. Psicose é um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica certa "perda de contato com a realidade".  Nos períodos de crises mais intensas podem ocorrer (variando de caso a caso) alucinações ou delírios, desorganização psíquica que inclua pensamento desorganizado .
Mas popularmente isso é também chamado de "encosto" cujos tratamentos são dos mais variados, desde banhos com ervas até o exorcismo, passando muitas vezes por despachos e rezas "bravas".
O problema é que a pessoa que está vivenciando tal crise acredita que esteja tudo dentro da normalidade e o problema de fato é uma outra ou as outras, e por muitas vezes resolve descarregar sua cólera sobre o seu pseudo "inimigo", um algoz imaginário que necessita ser combatido e consequentemente derrotado .
Nestes caso todo tipo  cuidado  torna-se pouco, pois a reação dos acometidos por  esta enfermidade podem se tornar  perigosos, saindo das ameaças para a chamada "vias de fato", o que no popular é o que chamamos de "sair na porrada".

Mas o mundo não acaba aqui, tenho a certeza que esta  "paranoia delirante", sei que trata-se de pleonasmo, mas é bem isso, loucura ao quadrado, é fruto dos tempos modernos onde matar um leão por dia torna-se fácil, difícil mesmo afagar o ego das serpentes, é a cura não está tão longe .