quinta-feira, 31 de março de 2011

1 de abril

HOJE PODE!!!

Meus amigos a hora é essa, a boas noticias em fim batem a nossa porta. Hoje, e na voz dele, que faz a alegria no período natalino e que nesta data resolveu nos dar uma canja, nada mais nada menos que Papai Noel, sim ele está neste instante a cavalgar no Coelhinho da Páscoa e escoltado por Duendes, rumando para estas terras.
E fará seu pronunciamento durante o mega show da Banda U2 com a Bateria do Salgueiro, informando a todos a vencedora do processo licitatório do transporte coletivo local. Existe também a possibilidade de ser anunciado durante o evento o reajuste dos servidores públicos, mas tem gente revoltada e prometendo abaixo assinado contra tal medida.
Mas a grande noticia fica por conta do Trem Metropolitano – o METRO, cujo buracos estão prontos a espera do comboio. Osama, George W. Bush, Lady Gaga (talvez de uma palhinha no show), Hillary e Bill, estes já confirmaram a presença. Cavaco Silva, Fidel, Mulher Melancia e o campeão de votos Tiririca também podem chegar.
Sorria meu povo, escrevi isso tudo para lembrar-los que é 1º de abril, dia em que tudo pode acontecer....

terça-feira, 29 de março de 2011

O samba do crioulo doido - Legendas

O tempo passa e tudo continua, numa boa!

Parece-me que o processo licitatório do transporte coletivo urbano de Botucatu, está mesmo cozinhando em “banho-maria”, não se toca no assunto, ou melhor, o contrato emergencial será prorrogado por mais 90 (noventa) dias. E de prorrogação em prorrogação sabe-se lá onde essa coisa vai parar.
Falando em parar existia um burburinho que a poderosa seria multada por estar usando veículos sem a manutenção adequada, mas acho que isso já fez águas.
O verão já passou, mas as águas de março continuam a cair. E a população continua a reclamar, mas as reclamações dos usuários fazem parte da burocracia da maquina publica, papéis que nem são contabilizados para as estatísticas, pois os responsáveis não se preocupam em dar respostas as indagações e queixas dos munícipes.
Mas pensando bem o melhor é esperar o METRÔ.

quinta-feira, 24 de março de 2011

"Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites."
Karl Marx

quarta-feira, 23 de março de 2011

Contra a invasão da Líbia e a guerra imperialista
22 Março 2011
Classificado em PCB - Notas Políticas do PCB

(Nota política do PCB)

O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), reunido no Rio de Janeiro, manifesta o seu mais veemente repúdio aos ataques militares contra a Líbia e à aprovação pela ONU de uma zona de exclusão aérea sobre seu território, sob o pretexto de proteger as forças de oposição a Kadafi.

O PCB ressalta que, por trás da ofensiva bélica imperialista existe um objetivo muito claro: o controle das reservas de petróleo líbio pelas potências imperialistas e a tentativa de divisão do território da Líbia.

O pretexto de defender os direitos humanos e proteger a população do País é apenas uma cortina de fumaça para justificar esse ato infame contra o povo líbio, pois nem EUA nem a União Européia têm autoridade moral para defender essas bandeiras, uma vez que foram e são patrocinadores das ditaduras mais sanguinárias do planeta, dos governos mais sanguinários do Oriente Médio e das monarquias despóticas que dirigem grande parte da região. Além disso, esses países calam-se diante da invasão do Bahrein pelas tropas da Arábia Saudita e dos emirados Árabes Unidos.

O PCB condena a campanha de desinformação realizada pela mídia hegemônica mundial no sentido de justificar a invasão. Trata-se de mais uma ação do imperialismo no sentido de continuar a política de invasões a países soberanos, como aconteceu na Iugoslávia, Iraque e Afeganistão, com enorme banho de sangue, visando a se apropriar das riquezas naturais e do controle geopolítico da região.

O PCB, coerente com a política de respeito à autodeterminação dos povos, exige o imediato fim dos bombardeios e da intervenção militar e apela às forças progressistas e internacionalistas no sentido de cerrar fileiras na defesa da integridade do território líbio e contra as intervenções imperialistas.

Fora as tropas da OTAN da Líbia!

Pelo fim dos ataques militares à população!

Pela autodeterminação do Povo líbio!

PCB – Partido Comunista Brasileiro

Comitê Central


20 de março de 2011

ATENÇÃO: Grandes novidades na próxima semana! AGUARDDEM


terça-feira, 22 de março de 2011

Dudu Nobre Tempo de don don

TEMPOS DE LOLÓ

Estava eu de bobeira, aproveitando o tempo ocioso, quando ouvi o Zeca, Zeca Pagodinho cantando “Tempo de Dom Dom, aquele samba malandreado de Nei Lopes, aÍ lembrei-me dos “tempos de Loló. Na verdade não tem nada há ver, mas dançamos muito, e na corda bamba.

“No tempo que Dom-Dom jogava no Andaraí
Nossa vida era mais simples de viver
Não tinha tanto miserê, nem tinha tanto ti ti ti
No tempo que Dom-Dom jogava no Andaraí.”

Podemos até parodiar esta letra com uma mais ou menos assim;

No tempo que um tal de Loló passou por aqui,
Nossa vida foi difícil de viver,
Havia tanto misere
Pagode era só ti-ti-ti
No tempo que um tal de Loló passou por aqui.

Até que da rima, mas vou parar por aqui, que tem muito amigo do Loló na área e se derrubar é pênalti, melhor não criar confusão, afinal estamos no segundo tempo de jogo, melhor não arriscar.
Fui, sabe outra? Então manda.
Reflexão de Fidel Castro: Os sapatos me apertam

Em mais uma de suas Reflexões, o comandante da Revolução cubana, Fidel Castro, comenta com fina ironia o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos no Chile, na última segunda-feira (21). Aproveitou para comentar sobre o papel que desempenhou à frente de seu país e reiterou: " Continuarei sendo um soldado das ideias, enquanto possa pensar e respirar".
Enquanto os reatores sinistrados despejam fumaça radiativa no Japão, e aviões de monstruosa aparência e submarinos nucleares lançam mortíferas cargas teleguiadas sobre a Líbia, um país norte-africano do Terceiro Mundo com apenas seis milhões de habitantes, Barack Obama contava aos chilenos uma fábula parecida com as que eu escutava quando tinha quatro anos: “Os sapatos me apertam, as meias fazem calor; e o beijinho que me deste levo no coração”.

Alguns de seus ouvintes ficaram pasmos naquele “Centro Cultural” em Santiago do Chile.

Quando o presidente mirou ansioso o público depois de mencionar a pérfida Cuba, esperando uma explosão de aplausos, houve um silêncio glacial. Às suas costas – Ah! Feliz coincidencia! – entre as demais bandeiras latino-americanas, estava exatamente a de Cuba.

Se por um segundo desse uma volta sobre seu ombro direito, teria visto, como uma sombra, o símbolo da Revolução na Ilha rebelde que seu poderoso país quis, mas não pôde, destruir.

Qualquer pessoa seria, sem dúvida, extraordinariamente otimista se espera que os povos de Nossa América aplaudam o 50º aniversário da invasão mercenária de Giron, 50 anos de cruel bloqueio econômico de um país irmão, 50 anos de ameaças e atentados terroristas que custaram milhares de vidas, 50 anos de projetos de assassinato dos líderes do histórico processo.

Senti-me aludido em suas palavras.

Prestei, efetivamente, meus serviços à Revolução durante muito tempo, mas nunca eludi riscos nem violei princípios constitucionais, ideológicos ou éticos; lamento não ter tido mais saúde para seguir servindo-a.

Renunciei sem vacilação a todos os meus cargos estatais e políticos, inclusive ao de Primeiro Secretário do Partido, quando adoeci e nunca tentei exercê-los depois da Proclamação de 31 de julho de 2006, nem quando recuperei parcialmente minha saúde mais de um ano depois, embora todos continuassem intitulando-me afetuosamente dessa forma.

Mas sigo e seguirei sendo como prometi: um soldado das ideias, enquanto possa pensar e respirar.

Quando perguntaram a Obama sobre o golpe de Estado contra o heróico presidente Salvador Allende, promovido como outros muitos pelos Estados Unidos, e a misteriosa morte de Eduardo Frei Montalva, assassinado por agentes da Dina, uma criação do governo norte-americano, perdeu sua presença de espírito e começou a tartamudear.

Foi certeiro, sem dúvida, o comentário da televisão do Chile ao final de seu discurso, quando expressou que Obama já não tinha nada que oferecer ao hemisferio.

De minha parte, não quero dar a impressão de que experimento ódio a sua pessona, e muito menos ao povo dos Estados Unidos, a cujos muitos de seus filhos reconheço o aporte à cultura e à ciência.

Obama tem agora pela frente uma viagem a El Salvador nesta terça-feira. Ali terá que inventar bastante, porque nessa nação centro-americana irmã, as armas e os treinadores que recebeu dos governos de seu país, derramaram muito sangue.

Desejo-lhe boa viagem e um pouco mais de sensatez.


Fidel Castro Ruz

21 de março de 2011, 21h32
Fonte: Cubadebate
Tradução da Redação do Vermelho

segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

OBAMA um grande blefe.

O mundo se viu maravilhado com a eleição de Barack Obama, pois acreditavam em uma relação mais humana dos Estados Unidos com o resto do mundo, mas é apenas mais uma cara nova no cenário político mundial.
O banditismo imperialista continua com a mesma intensidade, a prova disso é o ataque a Líbia, dizer que Muamar Kadafi é um ditador que necessita ser deposto não é justificativa. É o mesmo país que interferiu nas guerras da Coréia e Vietnã,qua apoiou ativamente as ditaduras na America do Sul, que criou Osama Bin Laden e que não sossegou até eliminar Saddam Hussein.
Aliás podemos dizer que a OTAN e Estados Unidos estão apoiando diretamente a insurreição armada na Líbia, que não se trata de mais um movimento espontâneo ocorrido no norte da África como no Egito e Tunísia. É a sede insaciável dos ianques por petróleo.
Não existe imperialismo humanitário, a defesa da democracia é cortina de fumaça, balela que a grande imprensa internacional tenta nos enfiar garganta abaixo.
O fechamento da prisão de Guantánamo prometido durante a campanha, não aconteceu, ou melhor, os julgamentos de presos acusados de terrorismo foram retomados.
Assim como seu antecessor que com a ajuda de seus “amigos” tomaram de assalto o Iraque, Obama encontrou a Líbia.
Resumindo, Obama, assim como milhares de políticos na face da terra, de novo só tem o discurso, na pratica representa a velha política.
A população líbia, não tem muita escolha as mãos de ferro de Muamar Kadafi, ou no fogo “amigo” dos “defensores do universo” e seus aliados.

Estamos na era DIGIATAL, mas tem muita gente misturando as estações. O negocio é afinar a sintonia.


sexta-feira, 18 de março de 2011

La Comuna de París

Comissão do Senado aprova fim da reeleição e mandato de 5 anos

A comissão especial da reforma política no Senado aprovou nesta quinta-feira (17) o fim da reeleição e um mandato de cinco anos para presidente da República, governadores e prefeitos. A nova regra valeria para os eleitos a partir de 2014, ou seja, quem está no cargo atualmente poderia tentar a reeleição ainda uma vez.
Neste caso, na hipótese de reeleição da presidente Dilma Rousseff, ela seria favorecida com um mandato de nove anos, já que o segundo teria a duração de cinco anos.

As novas propostas se somam às definidas na última terça-feira (15), quando os membros da comissão manifestaram-se a favor de mudanças na suplência de senador e na data da posse dos chefes do Executivo.

O presidente da comissão, Francisco Dornelles (PP-RJ), e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foram os únicos a defender o modelo atual, em que os governantes se elegem para exercer um mandato de quatro anos, com direito à reeleição. O ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique (PMDB) defendeu o fim da reeleição ou, mantido o instituto, que o governante seja obrigado a se desincompatibilizar do cargo para disputar novo mandato.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), defenderam o fim da reeleição, com mandato de cinco anos, embora seus partidos tenham sido os únicos a se beneficiar com esse modelo. "O PT sempre foi contra a reeleição, mas não poderíamos ignorar as regras do jogo", justificou o petista.

Uma das principais vozes pelo fim da reeleição, o senador Itamar Franco (PPS-MG) afirmou que existe uma linha invisível entre o governante e o candidato que nem o Tribunal Superior Eleitoral consegue distinguir. "Uma hora ele é governador, outra hora é candidato. Quando tira o paletó, ele é candidato, mas a caneta vai com ele", argumentou.

Voto obrigatório

Na mesma reunião, a maioria do colegiado defendeu a manutenção do voto obrigatório. Aécio admitiu que o voto facultativo seria "mais palatável à opinião pública", mas chamou a atenção para o risco de se ter "governantes eleitos por uma minoria pouco expressiva". Segundo ele, num momento de maior confronto e crise política, isso poderia gerar instabilidade social. "Temo que surjam setores desestimulados, gerando uma dispersão muito grande dos votos e uma distorção do resultado eleitoral", concluiu.

Além disso, a maioria da comissão avaliou que o modelo atual consiste numa "obrigatoriedade flexível", já que a lei eleitoral prevê sanções brandas ao eleitor que faltar ao pleito, como multas estimadas em R$ 3,50.

Dos 15 integrantes da Comissão da Reforma Política, apenas três foram favoráveis à implementação do voto facultativo: os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Itamar Franco e Francisco Dornelles.

Na próxima reunião, os senadores vão analisar as propostas de implantação do voto distrital e do voto majoritário para deputados federais, estaduais e vereadores.

Fonte: iG

quinta-feira, 17 de março de 2011

Você sabia?

Que estão querendo alterar a o parágrafo primeiro do Artigo-1º, da Lei nº 3.059 de 28 de dezembro de 1990, alterando assim o dia de circulação do Semanário Oficial, de quinta para sexta-feira? Aparentemente pouca coisa muda, mas não é bem assim.
Como estão pipocando para distribuir o mesmo, com atrasos e encalhes freqüentes, isso dará um fôlego a mais, pois os interessados só passaram a procurá-lo na segunda-feira.
Mas não sei se isso vai resolver o grande problema que é a distribuição do Semanário Oficial.
Como ouvi dizer que não devemos somente criticar, aliás, não vejo isso como uma critica, mas sim um comentário.
SUGESTÃO: acho que deveriam voltar ao sistema antigo, quando a
diagramação feita por servidores, e a gráfica encarregada da impressão e distribuição e impresso em papel jornal, será que com isso o município faria alguma economia? Não sei só sei que funcionava.

terça-feira, 15 de março de 2011

Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas


Bertold Brecht

sexta-feira, 11 de março de 2011

Dias que valem anos: Rosa Luxemburgo e a boa escola das lutas populares
Uma memória dos sonhos e dos dizeres de outros tempos


Por Rodrigo Oliveira Fonseca*
www.idbentes.com.br

Para jogar um pouco de luz nesse momento histórico ímpar que vivemos, com tantos levantes populares simultâneos, inimagináveis há pouquíssimo tempo atrás, e ao mesmo tempo homenagear o dia internacional de luta das mulheres, em seu sentido original, cabe muito bem trazer algumas palavras certeiras da revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo – cujo nascimento completou 140 anos redondos neste dia 5 de março de 2011.

Vivendo desde 1898 na Alemanha, Rosa morreu em 1919 lutando pela revolução socialista neste país, que no início do século XX contava com um intenso desenvolvimento industrial, uma grande experiência de lutas da classe trabalhadora, com os sindicatos mais fortes da Europa e uma notável representação operária no parlamento nacional. Como um castelo de cartas que se derruba com um simples assoprar, a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) comprometeu todo esse patrimônio, afundando grande parte da classe trabalhadora e suas lideranças políticas nos interesses imperialistas favoráveis à guerra.

Contra a corrente, ativa em uma abnegada luta antimilitarista, Rosa Luxemburgo passou meses na prisão, acusada de incitamento à desobediência civil.

Neste período dramático e decisivo da história alemã – e mundial –, quando são criadas todas as condições para o surgimento do nazismo, Rosa lidera a formação de uma nova organização política em 1914, a Liga Spartacus, que retoma o nome daquele que liderou mais de 100 mil escravos na Antiguidade contra o poderoso Império Romano.

Rosa Luxemburgo ficou famosa pela belíssima frase “quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem”, e por suas duras críticas às burocracias sindicais e partidárias, que se apavoram quando a classe trabalhadora demonstra a sua capacidade de se movimentar para além dos cálculos e interesses dos seus “representantes” cristalizados, dirigentes estes de organizações políticas que acabam tornando-se máquinas com um fim em si mesmas.

O texto abaixo é uma boa demonstração de seu entendimento do papel representado, na história mundial, pela experiência direta dos povos em luta. Hoje, em relação aos levantes no norte da África e no Oriente Médio, ficamos com muitas dúvidas no que diz respeito ao alcance e à diversidade destes processos: por que na Líbia a cobertura midiática é tão diferente? Ao assumir uma cúpula militar no Egito deu-se terminada essa bela luta que tanto nos mobilizou? E na Tunísia? Os levantes chegarão à Arábia Saudita? Muitas dúvidas, mas uma coisa da qual não devemos duvidar é, justamente, a importância dessas lutas para a formação de uma cultura de liberdade e autonomia popular, com a qual os próximos governos destes países terão necessariamente de lidar (sejam eles dependentes ou independentes do consórcio EUA-Israel-União Europeia).

Eis as passagens de maior alcance do texto “O que os líderes estão fazendo?”, que Rosa Luxemburgo publicou no dia 7 de janeiro de 1919, com uma semana de fundação do Partido Comunista Alemão (criado no dia 31 de dezembro 1918 a partir da Liga Spartacus), quando estourava a revolução alemã que não vingou, mas pela qual ela morreu poucos dias depois, assassinada a 15 de janeiro de 1919 ao lado de outro dirigente revolucionário, Karl Libknecht.

“Na inflamada atmosfera da revolução, as pessoas e as coisas amadurecem com incrível rapidez. (…) As massas são o autêntico poder, o verdadeiro poder, em virtude da coação de ferro da história. Alguém pode colocá-las em correntes por enquanto, alguém pode formalmente privar suas organizações de qualquer poder – mas elas só precisam se agitar, apenas ajeitar sua coluna obstinadamente, e a terra irá tremer sob os pés da contra-revolução.

Qualquer um que testemunhou a manifestação da massa de ontem (…), que sentiu esta dura convicção revolucionária, este ânimo magnífico, esta energia que as massas transpiraram, deve concluir que, politicamente, os proletários cresceram enormemente através de sua experiência das semanas recentes, nos últimos acontecimentos. Eles tornaram-se conscientes do seu poder, e tudo o que resta é eles beneficiarem-se deste poder.

(…) Sim, é uma revolução com todo seu desenvolvimento externo caótico, com sua alternada decadência e fluidez, com surtos momentâneos rumo à captura do poder e também momentâneas recessões dos transgressores revolucionários. E a revolução está traçando o seu caminho passo a passo através de todo este aparente movimento em ziguezague e está marchando à frente de maneira invencível.

A massa deve aprender a lutar, a agir na própria luta. (…) Ajam! Ajam! Corajosamente, decididamente, consistentemente — este é o ‘maldito’ dever e obrigação dos dirigentes revolucionários e dos autênticos líderes do partido socialista. Desarmem a contra-revolução, armem as massas, ocupem todas as posições de poder. Ajam rápido! A revolução obriga. Suas horas contam-se em meses, seus dias como anos na história mundial. Deixem os órgãos da revolução conscientes de suas principais obrigações!”

*Rodrigo Oliveira Fonseca é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em história social da cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), professor-bolsista e doutorando em estudos da linguagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Classificado em PCB - Memória

quarta-feira, 9 de março de 2011

Novo "samba do criolo doido"?

Não consegui ficar calado a respeito do carnaval em nossa cidade. Não vi o desfile, apenas acompanhei pela imprensa local. Não quero tomar partido deste ou daquele lado, não estou falando como torcedor desta ou daquela agremiação.
Não sou o dono da verdade, mas acredito que quando falamos de carnaval posso dar minha opinião, pois tenho alguma bagagem, inclusive na organização de blocos e escola de samba.
Inicialmente vamos começar pela utilização de veiculo motorizado, a meu ver o fato do veiculo estar em ponto morto sendo empurrado, quer dizer que ele possui um motor, logo não deveria participar do desfile.
Comissão julgadora, está fora escolhida pela Subsecretaria de Turismo e pela Liga, mas as escolas foram consultadas sobre os nomes indicados? Caso a resposta seja negativa acredito que tenha sido mais um pecado cometido pelos organizadores.
E para finalizar a rainha de bateria ser quesito desempate é coisa de maluco, vejamos os quesitos em julgamento no carnaval paulistano em 2011: bateria; harmonia; evolução; samba-enredo; mestre-sala e porta-bandeira; comissão de frente; alegoria; enredo; e fantasia. No Rio de Janeiro foram: harmonia; mestre-sala e porta-bandeira; conjunto; evolução; comissão de frente; fantasias; alegorias e adereços; enredo; bateria e samba-enredo, ou seja praticamente os mesmos, e rainha de bateria não fora quesito de desempate e muito menos objeto de julgamento.
Sou um defensor ferrenho de inovações e da criatividade, mas existem coisas difíceis de serem digeridas e rainha de bateria ser quesito para definir um carnaval é um deles. Pode até não parecer, mas carnaval é coisa seria. Se estivesse participando do carnaval botucatuense representando uma determinada escola teria feito barulho antes de entrar na avenida.
Melhorar é possivel e necessário

Na última sexta-feira os servidores municipais de Botucatu tiveram uma boa noticia que foi a volta do Central Supermercados no convenio com a Solucard para receber o vale compras alimentos da categoria.
Mas a categoria espera mais, ou melhor, muito mais no corrente ano, pois a administração que freqüentemente está a se vangloriar da saúde financeira do município, anunciando record de arrecadação e superávit financeiro, nada mais justo que cumprir uma das promessas de campanha do candidato eleito em 2008, que é a valorização dos servidores.
E a valorização passa necessariamente por melhores salários, reajuste no vale compra alimentos, além de melhores condições de trabalho. Sendo que está ultima deveria começar com um grande “grande puxão de orelhas” em alguns assessores.
Um ambulatório médico descente, pois hoje é autentico deposito e os servidores aguardam para serem atendidos em um corredor com mais ou menos um metro de largura e algumas cadeiras.
Valorizar os servidores não é reuni-los no último dia do mês de seu aniversario, servir um coffee-break e discursos.
Eu acredito que à hora é agora, pois 2012 é ano eleitoral e a legislação impõe limites. E também para que deixar para o último minuto do segundo tempo o que pode ser realizado com tranqüilidade durante quatro anos? Sem sensibilidade e vontade política, programa de governo vira bravata.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem.
Bertold Brecht

Buena Vista Social Club - Chan Chan

E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

Luis Fernando Veríssimo

quarta-feira, 2 de março de 2011

Aquele Abraco, Gilberto Gil

Transporte da Gente
Musica Aquele Abraço - Gilberto Gil

O transporte coletivo
Continua horrível
O transporte coletivo
Continua castigando
O transporte coletivo
Está nos matando

Alô, Alô, Semutran
Aquele abraço
Alô, Alô, seu Vicente
O quê, que eu faço

O transporte coletivo
Continua horrível
Passando atrasado
E quebrando nas ruas
As reclamações não param
Mas ninguém da bola

Alô, Alô, Semutran
Aquele abraço
Alô, Alô, seu Vicente
O quê, que eu faço
Alô, Alô, Semutran
Aquele abraço
Alô, Alô, seu Vicente
O quê, que eu faço

A licitação não sai
E o povão reclama
As vezes passa lotado
E viramos sardinha
Todo mundo chiando
Dentro da latinha
Fazer careta pra cegos
É nosso destino

Alô, Alô, Semutran
Queremos respeito
Alô, Alô, seu Vicente
E nossos direitos
Não quero mais reclamar
Quero transporte descente
Alô, Alô, seu Vicente
Da um jeito no busão da gente
Da gente que levanta
Cedo e pega no batente
Alô, Alô, seu Vicente
Não somos otários...