sexta-feira, 29 de novembro de 2013

QUANDO O CARNAVAL PASSAR?








A coisa anda feia, tem osso mordendo o cachorro e lagartixa despencando da parede, mas está tudo azul (sem esquecer do amarelo) na terra das boas escolas. Ou melhor o povão parece estar anestesiado, e pelo visto uma grande parte da oposição dormindo profundamente ou querendo uma boquinha em algum cargo em comissão.
Muitas coisas poderiam ser questionadas como por exemplo quanto de arroz e feijão foi arrecadado no Arena Cross, e quanto se gastou em óleo diesel nas maquinas e caminhões da Prefeitura que preparou o terreno?
Mas vamos em frente, tem uma praça sendo construída no Jardim Cristina, pelo que eu vejo a obra está em andamento há mais de um ano, começou antes da eleição de 2012. Pois bem, os equipamentos da pista de skate já estão sendo remendados e o que é pior a Praça ainda não foi inaugurada.

Qual será o material que estão utilizando? O mesmo utilizado no Palace II, construído pelo ex-deputado e empresário Sérgio Naya, que desabou em fevereiro de 1998?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quem precisa de "Mãe Dinah"?


Quando temos técnicos responsáveis, e administradores consciente, não é necessário jogar búzios, tarô, bola de cristal ou nem mesmo de conselhos da Mãe Dinah. Vejamos  o exemplo da  Prefeitura Municipal de Taubaté-SP, que já negociou com os servidores o reajuste salarial de 2014.

A partir de 1º de janeiro do próximo ano a categoria terá reajuste de 10% (dez por cento), a serem pagos em fevereiro, tudo tão simples, mais muita gente gosta de complicar, deve ser a forma encontrada para mostrar serviço.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Guerra dos Farrapos e seus Lanceiros Negros Traídos

Brasil - RS Insurgente - [Hemerson Ferreira] Um breve resumo de como os Farroupilhas sulistas recrutaram e depois descartaram seus soldados negros.
Durante a chamada Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul (1835-45), quando um homem livre era chamado a servir tanto nas forças rebeldes quanto nas imperiais, podia enviar em seu lugar (ou no lugar de um filho seu) um de seus trabalhadores escravizados. Em alguns casos, o alforriavam e alistavam. Também foi prática comum buscar atrair ou tomar cativos das tropas inimigas, trazendo-os para seu lado. O primeiro exército a utilizar negros escravizados como soldados foram os imperiais. Precisando também formar uma infantaria e sobretudo preferindo enviá-los como bucha-de-canhão, morrendo na frente em seu lugar, farrapos também os alistaram: eram os famosos Lanceiros Negros. Ambos, farrapos ou imperiais, prometiam também liberdade aqueles que desertassem das tropas rivais, mudando de lado.
A maioria dos cativos que combateu nesta guerra foi obrigada a fazê-lo diante das condições impostas. Por outro lado, apesar da guerra ser horrível e violenta, era até preferível a vida militar, com seus esporádicos combates, do que as agruras diárias da escravidão. A promessa de liberdade após o fim da luta certamente pode ter influenciado em muito o recrutamento daqueles homens. Uma promessa, aliás e como veremos, jamais cumprida.
Não havia igualdade nas tropas farroupilhas, muito menos democracia racial. Negros e brancos marchavam, comiam, dormiam, lutavam e morriam separadamente. Os oficiais dos combatentes negros eram brancos, e jamais um negro chegou a um posto significante, mesmo que intermediário, de comando. Aos Lanceiros Negros era vedado o uso de espadas e armas de fogo de grande porte. Não lutavam a cavalo, como costumam mostrar nos filmes e mini-séries de TV, mas sim a pé, pois havia o risco de se rebelar ou fugir. Sua arma principal era a grande lança de madeira que lhes deu nome e fama, algumas facas, facões, pequenas garruchas, os pés descalços, a bravura e o anseio pela liberdade prometida.
Seria anacronismo se quiséssemos que líderes farroupilhas tivessem um comportamento ou posições políticas avançadas e assim diferentes das existentes em seu tempo, mas defesa da Abolição da escravidão era bem conhecida e nada alienígena na época. Uma Abolição começou a ser decretada em Portugal em 1767, proibindo que fossem enviados para o reino mais cativos vindos da África, e em 1773 foi decretada uma Lei do Ventre Livre naquele país. Na Dinamarca, isso se deu em 1792. Na França, em 1794 (ainda que Napoleão tenha tentado restabelecer a escravidão no Haiti em 1802). No México, uma primeira tentativa de Abolição foi feita em 1810, mas foi finalmente vitoriosa em 1829. Bolívar libertou cativos em 1816-7, durante suas lutas por independência, e finalmente aboliu a escravatura em 1821. A Inglaterra, que havia findado a escravidão pouco antes da Revolta dos Farrapos, pressionava o Brasil pelo fim do tráfico negreiro desde 1808. Willian Wilbeforce, um dos maiores abolicionistas da história, morreu em 1833, ou seja, dois anos antes da guerra no Sul do Brasil. Farrapos, portanto, conheciam, sim, e muito bem o abolicionismo.
Entretanto,os principais chefes farrapos, Bento Gonçalves, Canabarro, Gomes Jardim e até Netto, dentre outros, eram todos ferrenhos escravistas. Quando aprisionado e enviado para a Corte no Rio de Janeiro, Bento Gonçalves teve o direito de levar consigo um de seus cativos para lhe servir. Ao morrer, o mais conhecido líder farroupilha deixou terras, gado e quase cinqüenta trabalhadores escravizados de herança aos seus familiares. Bem diferente do que fizera Artigas no Uruguai anos antes, os farrapos jamais propuseram uma reforma agrária ou mesmo uma distribuição de terras entre seus soldados, mesmo os brancos pobres, que dirá os negros. A defesa da escravidão era tão clara entre os chefes farrapos a ponto deles jamais sequer terem mencionado o fim do tráfico negreiro.
Ao fim da guerra e já quase totalmente derrotados, os farrapos incluíram entre suas exigências para o Império o cumprimento da promessa de liberdade que haviam feitos aos Lanceiros (principalmente porque temiam que eles formassem uma guerrilha negra na província já que a quebra da promessa os faria se rebelar ou fugir para o Uruguai, destino comum de diversos cativos fugitivos na época). Queriam entregar-se ao Império, acabar a guerra, voltar à normalidade, mas tinham os Lanceiros e a promessa que lhes haviam feito, e o Império, escravista até a medula, não queria cumprir essa parte do acordo.
Que fazer então? A questão foi resolvida na madrugada de 14 de novembro de 1844, quando o general farrapo David Canabarro entregou seus Lanceiros desarmados ao inimigo, tudo previamente combinado com Caxias. E no serro de Porongos, hoje região de Pinheiro Machado (interior do Rio Grande do Sul), foi dizimada quase toda a infantaria negra, enterrando de vez a preocupação dos farrapos e acelerando assim a paz com o Império. A instrução de Caxias a um de seus comandados foi clara e objetiva: a batalha teria que ser conduzida de forma tal que poupar apenas e dentro do possível o sangue de brasileiros (e o negro era então tratado como africano, mesmo que já nascido no Brasil).
Alguns historiadores apologistas ou folcloristas de CTGs consideraram aquela traição como Surpresa, já que pela primeira vez que o então vigilante Davi Canabarro teria sido surpreendido pelo inimigo. Conversa fiada! Enquanto dispôs suas tropas negras de tal maneira que ficassem desarmadas e descobertas, algo que até então nunca havia feito, Canabarro se encontrava bem longe e seguro do local, nos braços de Papagaia, alcunha de uma amante sua.
Após o combate, um relato oficial avisou a Caxias que pelo menos 80% dos corpos caídos no campo de Porongos eram de homens negros. Calcula-se que, nos últimos anos daquela conflito, os farrapos ao todo somavam uns cinco mil homens, sendo que algo em torno de mil eram Lanceiros Negros. Após o Massacre de Porongos, porém, restaram apenas uns 120 deles, feridos, alguns mutilados, e que foram primeiramente enviados para uma prisão no centro do país e depois dispersados para outras províncias, ainda mantidos como cativos.
Feito isso, deu-se a chamada rendição e paz do Poncho Verde, onde senhores escravistas dos dois lados trocaram abraços e promessas de lealdade e, logo depois, marcharam juntos e sob a mesma bandeira imperial contra o Uruguai, Argentina e Paraguai.

Bibliografia
FACHEL, José Plínio Guimarães. Revolução Farroupilha. Pelotas: EGUFPEL, 2002.
FERREIRA, Hemerson. Da Revolta à Semana Farroupilha: entre tradição e a história. http://prod.midiaindependente.org/en/blue/2009/08/451359.shtml
FLORES, Moacyr & FLORES, Hilda Agnes. Rio Grande do Sul: aspectos da Revolução de 1893. Porto Alegre: Martins-Livreiro, 1993.
GOLIN, Tau. Bento Gonçalves, o herói ladrão. Santa Maria: LGR, 1983.
LEITMAN, Spencer. Raízes sócioeconómicas da Guerra dos Farrapos: um capítulo da história do Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
MAESTRI, Mário. "O negro escravizado e a Revolução Farroupilha". In: O escravo gaúcho: resistência e trabalho. Porto Alegre: UFRGS, 1993, pp76-82.
 Hemerson Ferreira é historiador.

fonte: http://www.diarioliberdade.org

terça-feira, 12 de novembro de 2013

REFLEXÃO



Se seu ASTRAL, está lhe deixando com dores de cabeça, tá gastando muito e sem resultado positivo, relaxa... O que deve esquentar mesmo é CALDEIRA e também custa os olhos da cara, mesmo quando não funciona.

O trem que traz é o mesmo que leva, se preferir vá de BUSÃO, mas tem que estar bom, caso contrario é mais prejuízo. LOgo go tudo estará resolvido, se o ninho não estiver confortável bata as asas, se a bagagem estiver pesada demais, leva no bico. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ACREDITE SE QUISER... 







Um dia destes eu perguntei qual era a obra da Prefeitura de Botucatu na Rua Nicola Zaponi, atrás do futuro Shopping. Logo depois fiquei sabendo que era a preparação do terreno para a realização do Arena Cross, cuja entrada é dois quilos de alimentos.
Maquinas e homens da Prefeitura estão no local há quase três semanas, qual o custo disso?  

Diante disso vem a pergunta: O legado da Copa do Mundo vai é SOCIAL, e o legado do ARENA CROSS???

sexta-feira, 8 de novembro de 2013


Eu e o não eu

Escrito por Semog

Eu nessa minha parcimônia,
vestida com escancarada elegância,
jamais hei de ocultar tão evidentes,
a tribo, o atabaque, o axé,
o orixá, o ori, o ancestral.

 Eu e a minha carapinha cheia de bochicho,
minha erva de guiné, minha aroeira,
meu samba no pé e outras literaturas.
Eu nessa parcimônia vestida com toda a vida
e seus acontecimentos,
nem só por um momento quero me perder dessa cor.

O não eu, o outro. Tão fino, tão delicado,
chega a me deixar tonto, encabulado,
com seu vampirismo, seus diabos, suas taras...
Tão racional e exótico nas cerimônias,
esse outro, estranho outro,

faz buracos no céu da Terra,
sente prazer, se lambuza com as guerras,
pensa que respirar é um estorvo,
prende os gestos ao corpo, e berra, e berra, e berra.
Tudo por falta de melanina.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


SOU NEGRO

SOLANO TRINDADE
Sou negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh`alma recebeu o batismo dos tambores
atabaques, gongôs e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço
plantaram cana pro senhor de engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu

Depois meu avô brigou como um danado
nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso


Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh`alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

É só blá blá blá, conversa mole...

Depois de um período considerável, voltei a utilizar o transporte coletivo urbano de nossa cidade.  E logo de cara foi possível perceber que trocaram as peças mas tudo continua na mesma, veículos quebrados e colisões.
A coisa continua horrível, muito blá blá blá, conversa mole e nada se resolve a população continua sendo tratada com desdém, veículos lotados pessoas ficando nos pontos a espera do próximo coletivo ou seja o filme é antigo.
E outra coisa fácil de constatar é que em Botucatu vivemos na contra mão, enquanto em outras localidades criam-se corredores para o deslocamento os ônibus de maneira mais rápida numa tentativa de tornar o serviço mais eficiente, em nossa cidade vemos corredores generosamente recheados de "PARE", isso se dá em toda a cidade, cruzar as ruas Curuzu, João Passos, Cardoso de Almeida e General  Telles por exemplo é um exercício de paciência.
E hoje pela manhã observei em um veiculo do sistema um cartaz interessante, este possui 11 motivos para utilizar o transporte coletivo, motivos estes que se o assunto for tratado com seriedade pelo poder publico com certeza não poderemos de forma alguma desprezar, vejamos alguns: Redução do impacto ambiental,  melhoria na mobilidade urbana, redução de custos, melhoria na qualidade de vida, possibilidade de fazermos novas amizades e mais algumas.

Mas a melhor maneira de convencer a população a utilizar-se do sistema é fazer o mesmo funcionar de forma eficiente, com a organização do transito, com a retirada do "PARE" nos corredores, manter os semáforos em funcionamento e exigir das permissionárias o cumprimento de suas obrigações contratuais e no caso de desrespeito o pagamento de multa, caso contrario tudo vai continuar na mesma.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

QUE PASSA?






Perguntar não ofende e as respostas eliminam duvidas. O que  a Prefeitura de Botucatu vai construir  atrás do futuro shopping? Pois funcionários e equipamentos do município estavam realizando trabalho de terraplanagem no local nos últimos dias.

Estranho não teve fogos, algodão doce, pipoca e muito menos discursos ou será uma obra surpresa para alegria geral? 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


*Carlos Marighella 

 nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho de imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão. De origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo. Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no 3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro. Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela “macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante. Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas. Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia. Na CPI que investigaria os crimes do Estado Novo o médico Dr. Nilo Rodrigues deporia que, com referência a Marighella, nunca vira tamanha resistência a maus tratos nem tanta bravura. Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia. Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Deposto o ditador Vargas e convocadas eleições gerais, foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Seria apontado como um dos mais aguerridos parlamentares de todas as bancadas, proferindo, em menos de dois anos, cerca de duzentos discursos em que tomou, invariavelmente, a defesa das aspirações operárias, denunciando as péssimas condições de vida do povo brasileiro e a crescente penetração imperialista no país. Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra o comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato. Nos anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a desnacionalização da economia. Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o ensaio “Alguns aspectos da renda da terra no Brasil”, o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nesta fase visitaria a China Popular e a União Soviética, e anos depois, conheceria Cuba. Em suas viagens pôde examinar de perto as experiências revolucionárias vitoriosas daqueles países. Após o golpe militar de 1964, Marighella foi localizado por agentes do DOPS carioca em 9 de maio num cinema do bairro da Tijuca. Enfrentou os policiais que o cercavam com socos e gritos de “Abaixo a ditadura militar fascista” e “Viva a democracia”, recebendo um tiro a queima-roupa no peito. Descrevendo o episódio no livro “Por que resisti à prisão”, ele afirmaria: “Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...) de que a liberdade não se defende senão resistindo”. Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1o de abril. Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que forçou os militares a aceitar um habeas-corpus e sua libertação imediata. Desse momento em diante, intensificou o combate à ditadura utilizando todos os meios de luta na tentativa de impedir a consolidação de um regime ilegal e ilegítimo. Mas, mantendo o país sob terror policial, o governo sufocou os sindicatos e suspendeu as garantias constitucionais dos cidadãos, enquanto estrangulava o parlamento. Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com o Partido Comunista, criticando seu imobilismo. Em dezembro de 1966, em carta à Comissão Executiva do PCB, requereu seu desligamento da mesma, explicitando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político e burocrático convencional que, segundo entendia, imperava na liderança. E quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional para, de armas em punho, enfrentar a ditadura. O endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política. Na noite de 4 de novembro de 1969, surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, Carlos Marighella tombou varado pelas balas dos agentes do DOPS sob a chefia do delegado torturador Sérgio Paranhos Fleury. Fonte:http://o-boqueirao.blogspot.com.br/2012/01/3-poemas-de-carlos-marighella.html