domingo, 24 de junho de 2012


"Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável.
Agora estão me levando. Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo."

Bertolt Brecht

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Chove há alguns dias, mas a fogueira da ”inquisição” continua queimando, punindo os que tem pensamentos diferente, e que dizem o que eles não querem ouvir...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ah! Desgraçados!

Um irmão é maltratado e vocês olham para o outro lado?
Grita de dor o ferido e vocês ficam calados?
A violência faz a ronda e escolhe a vítima,
e vocês dizem: "a mim ela está poupando, vamos fingir que não estamos olhando".
Mas que cidade?
Que espécie de gente é essa?
Quando campeia em uma cidade a injustiça,
é necessário que alguem se levante.
Não havendo quem se levante,
é preferível que em um grande incêndio,
toda cidade desapareça,
antes que a noite desça.

Bertolt Brecht

quinta-feira, 14 de junho de 2012



FAZ-ME RIR?

Até parece piada, mas na cidade mais premiada do Brasil, equipamento que deveria servir para escoamento de águas pluviais vai por água abaixo.
Mas como todo processo licitatório tem alguém nomeado pela administração para atuar como fiscal fica a pergunta, quem era responsável pela fiscalização das obras executadas pela empresa Digna Construções Ltda. que venceu processo licitatório que resultou na erosão que acabaram afetando a Rua Brasílio Panhozi.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Cabeça dura...

Nos últimos dias estava eu com certa dificuldade deentender o proposito do requerimento de um vereador da base de sustentação do prefeito, que  solicitou por meio de requerimento a colocação de bancos no pronto socorro municipal (da região), em sua petição o parlamentar alega que com a colocação de tal equipamento os usuários do sistema teriam mais conforto enquanto aguardam para serem atendidos.
Se o vereador solicitasse junto à administração um aumento na quantidade de profissionais médicos para o pronto socorro seria mais interessante, e agradaria muito mais que os assentos solicitados. AfinalBotucatu lidera o ranking de cidades, com mais de 100 mil habitantes, com maior quantidade de médico por habitante. São 780 profissionais para 127.370 habitantes, o que resulta em um coeficiente de 6,12 médicos por mil habitante, só perde na quantidade médico por habitante para Cuba, onde há 6,39 médicos por mil habitantes.
Mas com o passar do tempo consegui clarear minha mente e descobri o porquê do requerimento, é que um chazinho de banco não traz danos à saúde e pode deixar o paciente mais tranquilo. Perdemospara a Ilha de Fidel na quantidade de médicos por habitante, mas em tempo de discurso de mandatário acho que já ganhamos a dianteira. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012


Euro terá jogos paralisados em caso de atos racistas


O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou nesta quarta-feira que árbitros irão paralisar partidas da Eurocopa no caso de jogadores serem vítimas de atos racistas de torcedores durante seus respectivos duelos na competição, que começará nesta sexta e será realizada na Polônia e na Ucrânia.

O dirigente máximo da entidade que controla o futebol europeu revelou, durante entrevista coletiva em Varsóvia (POL), que os juízes estão autorizados a "parar temporariamente o jogo e finalmente cancelá-lo se o racismo persistir" após a primeira paralisação.

A preocupação sobre o racismo na Eurocopa de 2012 aumentou depois que um programa de TV da famosa rede inglesa BBC exibiu, no mês passado, atos de descriminação durante jogos de clubes realizados na Polônia e na Ucrânia. Na ocasião, o ex-zagueiro da seleção inglesa Sol Campbell, que é negro, chegou a participar do programa e pediu aos torcedores ingleses que não viajem até os países-sede desta Euro, como forma de protesto e precaução contra atos racistas.

Depois de presenciar cenas reproduzidas pela BBC, nas quais torcedores ucranianos e poloneses fazem saudações nazistas e insultam jogadores negros com barulhos de macacos, Campbell chegou a dizer também que a Uefa errou ao determinar a Polônia e a Ucrânia como sedes da Eurocopa de 2012.

O problema do racismo também ganhou contornos polêmicos através do atacante italiano Balotelli, que na semana passada avisou que vai deixar o campo se ouvir cânticos com abusos raciais nos estádios durante a Eurocopa. A promessa do jogador, que também é negro, foi feita em entrevista para a revista France Football.

Platini, porém, avisou a Balotelli nesta quarta que esse tipo de atitude em campo lhe renderá um cartão amarelo. O dirigente enfatizou que a Uefa sempre orienta os juízes a combaterem o racismo em campo e lembrou ao atacante: "Não é o jogador, senhor Balotelli, que está no controle da situação".


quarta-feira, 6 de junho de 2012


Sindicato forte com unicidade e contribuição sindical - Nivaldo Santana - vice-presidente da CTB.

A CTB do Rio Grande do Sul realizou, no dia 1º de junho passado, um importante "Seminário  -Perspectivas para o Sindicalismo Brasileiro -  Unicidade, Liberdade e Autonomia Sindical". Duzentos sindicalistas de 84 organizações sindicais prestigiaram o evento.

Integrante de uma das mesas de debate, ao lado do senador Paulo Paim, da presidenta do TRT/RS e de representantes do Ministério Público do Trabalho, tive a oportunidade de expor as razões pelas quais a CTB desenvolve uma campanha nacional em defesa da unicidade e da contribuição sindical.

A primeira questão abordada é que a legislação brasileira que trata da organização sindical é relativamente avançada, não precisa ser alterada a partir de fórmulas e modelos de países com situações bem distintas das do Brasil.

Cito duas leis fundamentais. A primeira, é o Decreto-Lei nº 5.453, de 1º de maio de 1943, que criou a Consolidação das Leis do Trabalho, a famosa CLT; a segunda, é a Constituição Federal de 1988, principalmente o seu artigo 8º.

A CLT prevê o princípio da unicidade sindical (artigo 516) e a contribuição de um dia de salário por ano, descontado em abril, para os sindicatos, federações e confederações (artigo 580). Esses dispositivos adquiraram status constitucional por intermédio da atual Constiuição brasileira.

O inciso II do artigo 8º da Constituição garante a unicidade; o inciso IV prevê a contribuição sindical e assistencial, esta para custeio do sistema confederativo. Com o reconhecimento formal das centrais, parte da contribuição sindical é distribuída proporcionalmente à representatividade de cada uma delas.

Uma minoria do movimento sindical brasileiro propõe a revogação da CLT e da Constituição nos itens que falam em unicidade e contribuição. Alternativamente, advogam a introdução no país da Convenção 87 da OIT, de 17 de junho de 1948.

Essa Convenção tem 21 artigos e apenas um deles, o de número dois, não é recepcionado na legislação brasileira. Esse artigo é o que propõe o fim da unicidade e a implantação do mais ampla liberdade de se criar sindicatos, mesmo em uma mesma base territorial, sem quaisquer critérios.

Diz tal artigo: "os trabalhadores e os empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização prévia, têm o direito de constituir as organizações que estimem convenientes, assim como o de filiar-se a estas organizações, com a única condição de observar os estatutos das mesmas".

Essa pérola do pluralismo, que alguns consideram a oitava maravilha do mundo, é a quintessência do liberalismo. Liberdade, na tradição liberal, é sempre bom lembrar, é primordialmente a liberdade individual, sobrepondo-se, portanto, à liberdade coletiva.

O prestigiado advogado e juiz trabalhista, dr. José Carlos Arouca, afirma, com razão, que a "autonomia coletiva sobrepuja a liberdade individual quando se trata da determinação da vontade majoritára, indispensável para a concretização da democracia".

É óbvio que a organização sindical brasileira precisa avançar, e muito. Precisa, por exemplo, garantir o direito de organização no local de trabalho,  assegurar em sua plenitude a estabilidade dos dirigentes sindicais, acabar com as multas abusivas, os interditos proibitórios e por aí vai.

Em vez de lutar por essas bandeiras essenciais, capazes de unir amplamente o movimento sindical brasileira, uma minoria insiste nessa toada solo de querer implantar esse contrabando divisionista na legislação brasileira.

Nivaldo Santana é vice-presidente da CTB.

domingo, 3 de junho de 2012