quinta-feira, 24 de maio de 2018


A BEIRA DO CAOS



    O país vive a expectativa de desabastecimento motivado pela paralisação dos caminhoneiros, mas devemos usar esse momento para uma grande reflexão sobre o futuro que queremos para os brasileiros. Isso porque,  esse ano teremos eleições quase gerais, estaremos elegendo em outubro próximo presidente da republica, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
    É o momento de escolhermos o melhor projeto para o Brasil, que nos tire definitivamente desse grande atoleiro que entramos, graças aos políticos que foram eleitos para defender os interesses da sociedade, fazer o país crescer e proporcionar melhores condições de vida a população, mas a maioria absoluta só defenderam os próprios interesses, chafurdados em corrupção e falcatruas.
    Deixando de lado a politica nefasta da Petrobras, na questão dos combustíveis, podemos afirmar que a reivindicação dos caminhoneiros é justa, porém seus efeitos poderiam não ser tão devastadores a sociedade se não tivessem sucateado nossas ferrovias, e investido mais no modal hidrovias.
    O estado brasileiro resolveu investir tudo no transporte rodoviário, construindo rodovias a duras penas, e por não conseguir mantê-las entrega as mesmas ao setor privado, salpicando as de praças de pedágios e as contas sendo pagas pela tão sofrida classe trabalhadora. Esse rumo tomado por nossos governantes tem explicações, a pressão exercida pelo grande capital. As montadoras Mercedes, Volvo, Scania, VW, GM e outras precisavam e precisam vender seus veículos, Goodyear, Firestone e Pirelli seus pneus e assim por diante.
   E finalizando, devemos lembrar que essa categoria profissional agora em greve, teve um peso importante no impeachment da presidenta Dilma, período em que a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobrás era completamente diferente.
 Hoje os caminhoneiros colocam o país a beira do caos, com a possibilidade a perda de produtos agropecuários.
    Aliás o produtor rural que também sofre com a alta no preço do combustível, pois além da utilização de óleo diesel, na preparação da terra e na colheita, faz uso do mesmo também para o escoamento da sua produção.  É importante lembrarmos e termos essa luta dos caminhoneiros como nossa, devemos vestir a camisa e começarmos de vez a transformação desse país, em um Brasil definitivamente de brasileiros.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

E NÓS DANDO MILHO AOS BOMBOS...




A crise política e econômica da Venezuela não pode ser negada, bem como não é meu interesse aqui defender o governo Maduro, mas sim apenas tecer um pequeno comentário sobre ao resultado da eleição venezuelana e o posicionamento do Brasil sobre seu resultado.
O Governo Brasileiro afirma que a reeleição de Maduro não tem legitimidade, mas, o governo Temer é legitimo?
Fala-se na situação de miséria do povo venezuelano, más aqui não tem miséria, com nossos vinte e sete milhões de desempregados, e outros tantos sem moradia?
No Brasil, o transporte está centrado em rodovias,  os preços dos combustíveis são reajustados diariamente, a saúde está na UTI, e a educação no fundo do poço. Quando falamos da Venezuela parece que estamos vivendo no paraíso, e nos esquecemos dos nossos problemas políticos e econômicos, de governantes sendo investigados, muitos condenados e outros tantos presos.


Agora mesmo os caminhoneiros estão protestando contra a alta nos preços dos combustíveis, e o resto da população? Certamente muitos criticando a manifestação legitima da categoria, esquecendo-se que o aumento no preço do óleo diesel é repassado no preço dos produtos que compramos, e por esse motivo deveríamos estar ao lado desses caminhoneiros, engrossando as fileiras dos revoltados com a forma que se pratica a política no país e os políticos anti-povo.  
Vamos falar menos da eleição na Venezuela e pensar um pouco mais na nossa, que acontecerá em outubro próximo.  É momento de pensarmos em recuperar o Brasil, ejetar do poder as velhas e também novas raposas, pois muitos que estão se apresentando como solução são apadrinhados do sistema, pessoas que de novo só tem idade.

quinta-feira, 17 de maio de 2018



EU NÃO ESQUECI DEPUTADO!!!


No ano de 2015, um grupo de sindicalistas de Botucatu e Região, reuniu-se com o Deputado Federal - Milton Monti, em sua chácara na cidade de São Manuel.  Na oportunidade estavam presentes representantes dos Trabalhadores Metalúrgicos, da Construção Civil, Comerciários e Servidores Municipais de Botucatu.
O principal embate era a luta dos trabalhadores contra o Projeto de Lei da Terceirização, mas já se descortinava no horizonte a possibilidade da vinda de uma Reforma Trabalhista, com sérios prejuízos a classe trabalhadora, como acabou acontecendo. Víamos que era necessário barrar tal processo, e o representante da Região no Congresso Nacional, tinha condições de sair em defesa não apenas de seus eleitores diretos, mas também de todos os trabalhadores do país.
Pois bem, o tempo passou e o que fez o nobre parlamentar? Atendeu o pedido, só que não dos trabalhadores, mas sim dos poderosos!   

domingo, 13 de maio de 2018


PELA VERDADEIRA ABOLIÇÃO





Dia 13 de Maio, “Abolição da Escravatura no Brasil”, não vejo como uma data a se comemorar, mas sim para refletir. Hoje 130 anos após a assinatura da referida lei, a população negra e não branca continua mascando granitos, marginalizada e vitimas de todo tipo de violência.
Nossa reflexão deve começar com o sequestro de nossos antepassados em solo africano, a participação efetiva da Santa Madre Igreja, apoiando e lucrando com tal pratica, com a luta solitária dos escravos pela liberdade, nas insurreições, assassinatos, abortos, organização de quilombos, etc.
Não podemos nos esquecer da Revolução Industrial – o avanço capitalista, e a transferência das lutas travada nas senzalas, nos canaviais, cafezais, minas, para o Parlamento, com as chamadas “leis para inglês ver”, que eu costumo dizer que com elas vieram às primeiras crianças e idosos abandonados da história do Brasil. A Lei Áurea, trouxe a “liberdade”, do trabalho escravo, porém em seu bojo veio o desemprego, a fome, o crime por vadiagem, a repressão policial, a todas as ações dos ex escravos.
A Lei Aurea é uma lei com apenas dois artigos: Art. 1º É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário..., não assegurou a inserção do negro no mercado de trabalho, seja ele urbano ou rural, acesso a educação e saúde.
E mesmo após a “abolição” as mãos brancas do Estado continuaram a castigar os negros e não brancos, de forma oficial, com os castigos corporais dentro da Marinha do Brasil, pratica que culminou com a Revolta da Chibata, em novembro de 1910, onde os oficiais da armada eram quase todos descendentes dos antigos senhores da casa grande.
Apesar das lutas travadas desde a entrada dos primeiros negros em solo brasileiro até os dias de hoje pouca coisa mudou. Continuamos sendo devorado pelos caninos brancos do sistema capitalista, que é um regime racista, machista e excludente.
A luta dos negros e não brancos deve ser tratada como algo que ultrapasse as fronteiras da cor da pele, sem gênero, mas algo maior, pois exigir do sistema coisas como: educação de qualidade, acesso integral a saúde, direito irrestrito a moradia, segurança publica e o fim do genocídio da juventude negra, acesso a cultura e lazer entre outros não é reivindicar privilégios, mas sim direitos, porque nossos deveres conhecemos muito bem.