quarta-feira, 12 de maio de 2010

REFLEXÕES

“...o opressor nunca concede voluntariamente a liberdade; o oprimido deve conquista - lá” Martin Luther king Jr.

Para falarmos qualquer coisa a respeito da importância do dia 13 de maio e a assinatura da Lei Áurea, é importante fazermos uma grande reflexão sobre a historia de nossos antepassados até a data em questão.
Que ouve manobras da classe
Pdominante no processo abolicionista é inegável, mas o rosário de lutas de nosso povo é para ser lembrado, pois a luta pela liberdade aconteceu desde que os primeiros africanos colocaram os pés em solo brasileiro. Aliás, podemos dizer que foram os negros africanos os primeiros a pregar e executar a democracia nesta terra, o exemplo maior desta afirmação é ao que podemos chamar de “republica democrática dos quilombos”, onde pela resistência e organização lembramos-nos Palmares de Zumbi.
Com a entrada dos liberais no processo abolicionista muitas das decisões que eram tomadas nas senzalas ou nos quilombos, foram para o parlamento, isso começou a ocorrer de maneira mais decisiva por volta de 1870, até então a campanha pela abolição era somente dos negros, aí foram criadas as “leis para inglês ver” Lei do Ventre Livre e Lei do Sexagenário, terminando com a Lei Áurea, uma lei de apenas dois artigos abolindo a escravidão no Brasil e revogando as disposições em contrario.
Com isso, no dia 14 de maio de 1888, a grande parte da massa de trabalhadores negros que construíram tudo até então estavam desempregados e desabrigados, obrigados a pratica da mendicância, prostituição e a cometerem delitos como furto para sobreviver.
O estado passa a criar mecanismos odiosos, como crime por vadiagem e a política do branqueamento quando o mercado de trabalho e todos os espaços lucrativos passam a ser ocupados brancos europeus.
A conclusão que podemos tirar deste processo todo, é que treze de maio é a data em que devemos usar para uma grande reflexão. Refletir sobre as lutas de nosso povo, e o que nós queremos para nosso futuro. Refletir que a luta do negro de armas na mão por uma vida mais digna não parou com a publicação da Lei Áurea, ela foi até 22 de novembro de 1910, com a Revolta das Chibatas, contra os castigos corporais dentro da Marinha do Brasil, abusos cometidos por aqueles que descendiam dos antigos senhores de escravos, sob patentes de oficiais.
Devemos refletir quando vemos em uma placa denominando ruas, praças, avenidas ou outro espaço publico de “Voluntários da Pátria”, que os voluntários da pátria foram negros combatentes da Guerra do Paraguai.
Volto a dizer que devemos continuar a empunhar armas, mas, armas diferentes. Temos que empunhar as armas do conhecimento, pois não basta sermos bons, temos que ser os melhores ou excelentes. Conhecimento não ocupa espaço.
Vamos ter orgulho de nossas origens, negro de alma negra, na história do Brasil nosso capitulo foi escrito com sangue, suor e lagrimas, mas mesmo assim demos a ao Brasil esta cara alegre, com muita musica muito swing, e um sabor diferenciado. Nossa historia continua a ser escrita todos os dias, e para alcançarmos o topo da escada precisamos continuar a subir, os primeiros degraus, já foram galgados por nossos antepassados, agora é a nossa vez.
Vamos à luta, os bancos escolares deve ser nossa trincheira e nossas armas livros e coragem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário