segunda-feira, 25 de abril de 2011

PENSE BEM!!!

“O capital é o poder social concentrado, enquanto que o proletariado dispõe unicamente de sua força de trabalho. O ajuste entre o capital e o trabalho não pode, pois: apoiar-se em condições legitimas. Sofre da mesma desproporção o próprio sentido de justiça de uma sociedade que coloca a posse dos meios materiais de vida e de produção de um lado, e a força produtiva vivente de outro.
A única força social do lado do proletário, é a sua massa. Mas a força da massa dissolve-se quando há desunião. A separação entre os proletários é o produto e o resultado da inevitável concorrência entre eles próprios. Os sindicatos nascem precisamente do impulso espontâneo dos operários, tendendo a eliminar, ou pelo menos reduzir esta concorrência, a fim de que possam conseguir, nos contratos, condições que os coloquem um pouco acima da situação de simples escravos.
O fim imediato dos sindicatos concentra-se nas exigências diárias, nos meios de resistência às incessantes investidas do capital, em uma palavra, na questão do salário e da jornada. Esta atividade não só se justifica, como é necessária.
É imprescindível enquanto perdurar o modo atual de produção. É preciso difundi-la, fundando e organizando sindicatos em todos os países.
Por outro lado, os sindicatos, sem pressenti-lo, tornaram-se o eixo da organização da classe proletária, assim como as municipalidades e as paróquias medievais o foram para a burguesia. Se os sindicatos são indispensáveis às guerrilhas quotidianas ente o capital e o trabalho, não são menos importantes como um meio organizado para abolição do próprio sistema do trabalho assalariado”.


O trecho acima é de 1849, escrito por Karl Marx. Parece que citar Marx nos dias de hoje é como mexer em um baú cheio de coisas velhas cheirando a mofo ou algo semelhante. Mas é possível perceber pelo texto acima que o assunto continua atual. A classe trabalhadora, os assalariados continuam a serem explorados e recebendo os ataques constantes da burguesia seja nas batalhas econômicas – melhores salários, ou nas lutas políticas através de leis que tenha por objetivo melhorias nas condições de trabalho.
O muitas vezes o capital traz para suas fileiras dissidentes proletários, o que os sindicalistas costumam chamar de pelegos, os traidores que em troca de favores pessoais trai seus companheiros, esquecendo-se de suas origens em troca de quinquilharias.
Não devemos esquecer que não são apenas os “pelegos” ou a “aristocracia operária” que pendem para o lado do capital, deste lado do que podemos chamar de “cabo de guerra” costumamos ter órgãos da imprensa e o aparato estatal de repressão. A cisão da classe trabalhadora só interessa ao capital, e os interesses das categorias profissionais nas negociações coletivas de trabalho devem ser decididas nas assembléias, órgão soberano de deliberação, devemos portando repudiar outras instancias de deliberação.
Os sindicatos foram e continuam sendo um importante instrumento de lutas da classe trabalhadora. “Não perguntes o que o sindicato faz por você, mas sim o que você pode fazer para o seu sindicato”.

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