sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meus amigos estamos no mês da Consciência Negra e por isso estou utilizando este espaço para divulgar um pouco sobre a negritude. Não é muita coisa, mas é a minha contribuição para que possamos saber mais sobre nossa gente e nossa cultura.
Chega de anonimato, consciência é conhecer nossa historia, para compreender o presente e construirmos o futuro.
Se não sabe agora poderá conhecer um pouco de Solano Trindade.


Solano Trindade nasceu no Recife, em 1908, e morreu em São Paulo, em 1974. Foi poeta, ativista político e homem de teatro. Participou dos históricos congressos afro-brasileiros realizados em 1934 e em 1937, respectivamente, em Recife e em Salvador.

Criador da Frente Negra de Pernambuco e do Centro de Cultura Afro-Brasileira, estruturou em Pelotas, RS, um grupo de arte popular já existente, transformando-o, em 1943, no Teatro Popular Brasileiro. No Rio de Janeiro, participou da fundação do TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO. Ao mesmo tempo, destacou-se como grande nome da poesia de temática e vivência negras no Brasil.

Além disso, fundou em Embu, SP, um importante centro de arte popular. Segundo Souza, 2004, sua produção, elogiada por intelectuais estabelecidos, como Otto Maria Carpeaux, Roger Bastide e Sérgio Milliet, reconfigurou a história e a memória dos afro-brasileiros.

Recuperando eventos e trajetórias que negam os estereótipos de passividade e submissão, esforçou-se em contribuir, com sua poesia, para a difusão de fatos históricos ou já esquecidos, ou mostrados através de outra perspectiva nos livros de História do Brasil.

Assim, escreveu: “Eu canto Palmares/ sem inveja de Virgílio, de Homero/ e de Camões ...” Em 1949, teria pronunciado, na sede carioca do Instituto dos Arquitetos do Brasil, conforme anúncio no jornal Quilombo, conferência sobre poesia negra no Brasil, na qual abordaria o problema dos ‘brancos que fazem poesia negra’ e dos poetas negros não comprometidos nem identificados com esse tipo de criação poética.


Obras publicadas:
Poemas d’uma vida simples (1944)
Seis tempos de poesia (1958)
Cantares ao meu povo (1961), com 2ª edição aumentada em 1981
Além de 20 poemas in: Veredas, revista de letras da Universidade de São Paulo, nº 1, setembro de 1979.”

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