sábado, 10 de abril de 2010

Desastres: Culpa da Natureza ou do Homem?

Aqueles que me conhecem sabe que nunca gostei de habitar sobre aquela obra de alvenaria que serve para delimitar espaços vulgarmente conhecido como muro, por este motivo resolvi utilizar-me desta ferramenta para expor minhas opiniões.
Na terça-feira 30 de março postei aqui algumas considerações a respeito de Comunidades mais seguras e vontade política. Ou seja, alguns dias antes dos desastres ocorridos no Estado do Rio de Janeiro.
Não pretendo ser o arauto do apocalipse, mas acontecimentos como estes só terão seus efeitos reduzidos quando houver vontade política de nossos governantes, quando estes resolverem investir em planejamento, projetos e ações que tenha por objetivo melhorar a infra-estrutura das cidades projetando as mesmas para o futuro.
A meu ver os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro possuem as melhores equipes de Defesa Civil do país, o primeiro através da Universidade Federal – SC, promove cursos de capacitação para agentes de DC, e o segundo a Defesa Civil é Secretaria de Estado.
O fenômeno ocorrido no Rio de Janeiro é atípico, uma precipitação pluviométrica de aproximadamente 400 mm (quatrocentos milímetros) é algo assustado, mas se tivéssemos uma cidade com melhor infra-estrutura de, com canais e galerias limpas, vias publicas com pouco ou sem lixo, encostas sem ocupação os efeitos seriam menores.
Encostas são consideradas áreas de risco, portanto não devem ser ocupadas. As áreas que margeiam os rios e córregos, as chamadas várzeas também, pois quando está livre de construções em épocas de cheias estas são ocupadas pelas águas sem maiores problemas, já com construções temos os alagamentos e as enchentes que provocam prejuízos materiais e muitas vezes com vitimas.
Voltando ao assunto planejamento, é interessante lembrar que o Ministério da Integração, ao qual pertence a Defesa Civil Nacional libera recursos para investimentos em obras de prevenção, basta que os estados e municípios apresentem projetos. E a elaboração de projetos também não é “bicho de sete cabeças”, a administração pública não possui pessoal para tanto temos as universidades e institutos de pesquisas como o IPT em São Paulo e o IPES – no Espírito Santo que publicou em 2006 - Atlas das Áreas de Riscos do Estado do Espírito Santo, uma edição que trata o assunto com profundidade – incêndios florestais e urbanos, fenômenos hidrometereologicos, fenômenos geológicos, fenômenos urbanos e fenômenos sanitários-ecologicos.
É importante lembrar que nos desastres por mais significante que sejam os danos materiais eles serão resolvidos, mas as vidas perdidas e as seqüelas deixadas nas vitimas não.
Outro agravante depois dos eventos adversos é o risco de infecções, e doenças, como hepatite e leptospirose, provocado pelo contato com águas contaminadas, sobrecarregando ainda mais o já precário sistema publico de saúde.

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