NATAL...
Sou sobrevivente de muitos Natais, desde toda a família reunida, até perdido no meio do mato, solitário.
Natal com mesa cheia, e o Natal
de se agradecer por não passar fome.
Presente no sapato colocado na
janela... essa realidade conheci bem cedo, até porque nem sempre tinha um
sapato para calçar.
Muitas vezes saí batendo de porta em porta desejando um Feliz Natal, em troca alguns trocados, doces, ou algumas guloseimas, era o dia da alegria.
Natal hoje é saudade, muitas das
pessoas que dividiram comigo bons Natais, ou mesmo Natais vazios, cheios apenas
de esperança, que tudo poderia melhorar, já não estão mais aqui.
Hoje em dia a data se resume a
mais um dia, onde o comercio tenta nos vender de tudo a todos, outros tantos
tornam-se solidários e bondosos, muitos abraços falsos, muita hipocrisia no ar.
Calma! Nem tudo é desgraça, existe muito abraço sincero, muita gente do bem.
Pessoas do bem em sua essência,
que praticam o amo o ano inteiro sem olhar para quem, e o mais importante, sem
registro em câmeras, muitas vezes no anonimato, porque acreditam que o Espirito
de Natal está dentro de nós, não se resume a calendário.
Assim como dizem ter sido a
pratica do aniversariante, um abraço sincero, uma palavra de fé, um pedaço de
pão, um copo de agua, um agasalho, não necessita de data especifica. Mas sim e
almas e corações, uma luz em meio ao cinza do ódio que nos envolve em nossos
dias.
Apesar
de tudo ainda acredito que o amor e a alegria, ainda vão colorir as cidades,
iluminar a vida como o sol de verão, as pessoas serão verdadeiramente livres, de todas as formas de preconceito, sem fome, com tetos para protege-los do frio e da chuva, com trabalho, saúde e
educação. Outros bens serão tão somente consequência.
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