sexta-feira, 7 de outubro de 2016

NO MATO SEM CACHORROS




Enquanto damos milho aos pombos enquanto as raposas dominam o galinheiro, é assim que podemos definir a situação política do país. Os leões que foram as ruas insuflados pelos poderoso e a imprensa defendendo o afastamento da Presidente Dilma, agora encontram-se dormindo profundamente enquanto o governo federal trama cortes de conquistas da classe trabalhadora.

Vários projetos de lei estão tramitando no Congresso, mas como não interessa aos poderosos a grande imprensa não dá destaque ao assunto e quando acordarmos estaremos no fundo do poço. A PEC 241 - Proposta de Emenda Constitucional, que reduz verbas da Educação e Saúde e prepara terreno para o desmanche do Estado.

“É uma medida perversa, que congela o gasto público por 20 anos. Sem recompor a defasagem, as contas públicas extrapolam e para resolver a equação eu tenho de cortar direitos”. Para o dirigente do Diap, “a PEC 241 é o gatilho que dispara as demais reformas”, inclusive a trabalhista.

Ele detalha a mecânica da medida: “Pegue o caso da Previdência. Por causa do alongamento do ciclo biológico – ou seja, mais gente mais velha – mais recursos deverão ser consumidos com o pagamento de benefícios. Ao acontecer isso, crescerá a pressão conservadora pela reforma previdenciária”.

Tempo - Segundo a agenda da Câmara, a 241 deve ser apreciada ainda nesta semana na Comissão Especial; o parecer foi apresentado na terça (4); a partir daí, podem ser pedidas vistas por dois dias. Porém, já na noite da quinta (6), a matéria pode ir a voto na Comissão. Após isso, segue a plenário e pode ser votada dia 11.

Reformas - Qualquer ajuste, hoje, vai exigir reformas, que precisarão ser negociadas. Para Antônio Augusto de Queiroz, “a injustiça está em impor sacrifícios só a assalariados e aposentados, cuja renda tem caráter alimentar”.

Didático - Não é fácil detalhar tudo isso para trabalhadores e a população em geral. Mas é o que há de ser feito. “Temos de ser didáticos, explicar o que vai acontecer, por que vai acontecer e a que interesses serve desmontar o Estado”, diz Toninho.

http://www.diap.org.br/

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