Tecnologia a serviço da repressão: novas armas contra
manifestantes
A polícia inglesa, em processo de privatização, anuncia para
breve a utilização de novos meios de repressão de manifestações com direito a
armas que disparam irritantes químicos.
De acordo com o Centro de Ciência e Tecnologia Aplicadas do
Ministério do Interior (CAST), citado pelo jornal The Guardian, as armas que
estão na derradeira fase de desenvolvimento irão disparar, em vez de balas de
borracha e plástico, projéteis com produtos químicos que afetam a pele dos
seres humanos “irritando-a”.
Documentos citados pelo jornal revelam que em consequência
da instabilidade social que se vive no país, responsáveis do Ministério do
Interior tem realizado “brain stormings” para encontrar novos meios de agredir
manifestantes. Trata-se, segundo a mesma fonte, de descobrir “uma tecnologia de
nova geração de controle de motins”. A nova arma já tem sigla: Dip –
Discriminating Irritant Projectile (Projétil para irritação discriminatória). A
designação significa que as perturbações provocadas no organismo humano serão
suficientemente profundas e duradouras para serem úteis na caça aos
“participantes em distúrbios”. As armas deverão ter um alcance médio de 65
metros.
O CAST fez já a apresentação dos novos projetos à polícia do
território ocupado da Irlanda do Norte revelando que resultaram das ideias de
técnicos do Ministério do Interior, mas também das empresas privadas produtoras
da tecnologia que agora será utilizada.
Os serviços policiais que apresentaram os projetos pediram
discrição aos participantes por se tratar de matéria “comercialmente sensível”.
Os “brain stormings”, dos quais foram excluídas “ideias estúpidas”, dizem, orientaram-se,
segundo os promotores, por criar armas “menos letais”. Entre as discutidas
estiveram igualmente os “contra-laser”, as “bombas de som” e emissores de raios
térmicos.
Fonte: BE Internacional/http://averdade.org.br
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