quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Brasil não investe em prevenção de tragédias

Os números falam por si: R$ 6,3 bilhões para o socorro, entre 2006 e 2011, e apenas 745 bilhões para evitar os problemas causados por enchentes e outras catástrofes, conforme dados da Confederação Nacional dos Municípios.

Além do descalabro, em si, da falta de investimentos em contenção de encostas, reflorestamento, construção de diques, barragens, construção e limpeza de galerias fluviais e outras obras extremamente necessárias, a discrepâncias dos números reflete a falta de planejamento com o próprio desenvolvimento urbano e da infra-estrutura de transportes e outras áreas, que faz com que, na lógica do exercício do poder voltado para a defesa dos segmentos mais ricos da população, dos interesses imobiliários e do mercado em geral, as populações de baixa renda sejam obrigadas a morarem em áreas de risco – como encostas e margens de rios – e as verbas públicas sejam gastas, prioritariamente, em obras supérfluas ou de menor impacto para o bem-estar das camadas menos favorecidas.

Como se tudo isso não bastasse, a maior parte das escassas verbas voltadas para a reconstrução das áreas atingidas pelas calamidades vem sendo vergonhosamente desviadas. É o poder burguês, na sua plenitude.

Fonte: PCB - A Semana no Olhar Comunista- http://pcb.org.br

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