quinta-feira, 26 de maio de 2011

DO LADO DE CÁ, AVANÇAMOS!

Do lado de lá, generais e almirantes,
exibem estrelas da morte e brindam ao genocídio.
Aqui crianças famintas imploram nos sinais
e nas esquinas recebem venenos mortais.
Corpos trocados por um bocado de pão,
do lado de cá, dor, morte, aflição.

Do lado de lá, bancos e multinacionais,
exibem cifrões, banquetes, estatísticas do "desenvolvimento".
Aqui uma familia chora ao sair da casa que não lhe pertence,
e os filhos sem saber porque, caminham.
A mãe procura abrigo, o pai vagueia em busca de um tostão,
do lado de cá frio, temor, humilhação.

Do lado de lá, os latifundiários, a terra dominada pelo capital,
exibem milhões de hectares, gado, mecânicas plantações.
Aqui, o camponês enfrenta a fome, injustiça e opressão,
muitos se ergueram, muitos se erguerão,
muitos tiveram seus corpos exibidos no caixão,
do lado de cá o terror, sangue regando o chão.

Do lado de lá, o gigante, com gelo no coração,
ri e se diz sólido, como a rocha de um vulcão.
Porém o movimento da brasa, que nunca é em vão,
anuncia sem demora o dia da erupção.
E o grito que temos no peito, certamente explodirá
em todas as ruas e praças, com todo o povo a cantar.
Não mais mendigos nas ruas, nem mães desesperadas,
nem pais humilhados vagando, nem sangue escorrendo nas praças.
Por que do lado de cá, avançamos, e é cada vez mais forte a cor,
da rubra aurora que anuncia: o povo será vencedor!


Wanderson Pinheiro

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