segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A NOVA FEBRE...






Há tempos venho dizendo que vivemos em uma sociedade a beira da insanidade, mas pensando melhor não beira a insanidade, é sim vive a mesma. A violência por toda parte, onde se mata por míseros reais,  encarcera o pobre que rouba o pão, enquanto o rico que subtrai milhões da saúde, educação continua em liberdade.
Falando em saúde a febre amarela tornou-se a bola da vez, e a febre maior é para tomar a vacina, e podemos dizer que vivemos a segunda revolta da vacina, a primeira aconteceu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares). Pois a população não queria ser vacinada contra algumas doenças dentre elas a febre amarela.

Hoje a "revolta" se repete, mas de forma contraria, a população se acotovela em filas para tomar a vacina contra a febre amarela.
Enquanto isso outras doenças continuam matando. Não se fala mais na dengue, chicungunha, na AIDS ou tuberculose. 
Mas febre mais perigosa de nossos dias, ao contrário do que se pensa ou comenta, não é a febre amarela, e sim a febre da inércia. Esse é o grande mal pelo qual passa o povo brasileiro, que vive num conto de fadas, acreditando num final feliz, que tudo vai terminar bem, acreditando que seu sofrimento é tão somente uma obra do destino, para purificação sua alma ou algo assim. 
Não acredita que tem forças suficiente para derrotar o mal que lhe aflige, não imagina que sua força vai além do voto em candidatos nas eleições que elegem os governantes, que muitos insistem em perpetua-los  no poder, mesmo sabendo das ações fraudulenta dos mesmos no bastidores da política.
Essa doença, a tal febre inércia, traz consigo muitas outras como: a ignorância, provocada pela falta de investimentos na educação; contribui para o sucateia o sistema de saúde que leva a morte; que elimina direitos da classe trabalhadora em beneficio do grande capital. 
O grande capital que financia os políticos e alimenta a corrupção que a grande maioria do povo quer extirpar do nosso meio.
E assim caminhamos brigando como leões por uma dose de vacina, mas aceitando os frequentes aumentos no preço da gasolina, do arroz, da carne, de medicamentos, num país que se diz ter dominado a inflação.

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