DIA NACIONAL DO SAMBA
Depois que o futebol perdeu a graça o Samba passou a reinar
só, como a principal marca brasileira no cenário mundial. O que já foi caso de
policia é considerado por muitos como o mais autentico gêneros musical dos brasileiros.
Mas onde essa história começa? Na minha modesta opinião, o
samba pode ser considerado um ritmo africano com um sotaque nacional, assim
como a língua portuguesa. Algo que veio de fora mas ganhou contornos, traços
desse enorme caldeirão cultural chamado Brasil.
O batuque trazidos
pelos africanos trazidos para cá na condição de escravos, pode ser a espinha
dorsal desse ritmo que contagiou o mundo. Na tradição africana a musica, o
canto e a dança é o altar que serve para celebrar a vida e também a morte. Essa "coisa de preto" ganhou o
mundo, seja com o Jazz, salsa, rumba, e há quem diga que existe contribuições
da musica africana até no Tango Argentino - é o caso do diretor angolano Dom Pedro que explora a expressão da africanidade do
Tango e a contribuição das culturas africanas na criação do tango. Tango é um
reflexo da vida social dos escravos que foram levados para a América do Sul –
incluindo Argentina e Uruguai.
Segundo Nei Lopes, uma das maiores autoridades no assunto
africanidade, "seria a etnia
quioco, na qual samba significa cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito.
Há quem dia que vem do banto semba, como o significado de umbigo ou coração.
Parecia aplicar-se a danças nupciais de Angola caracterizadas pela umbigada, em
uma espécie de ritual de fertilidade. Na Bahia surge a modalidade samba de
roda, em que homens tocam e só as mulheres dançam, uma de cada vez. Há outras versões,
menos rígidas, em que um casal ocupa o centro da roda. (ALVITO, Marcos. Samba.
In: Revista de história da Biblioteca Nacional. Ano 9. nº 97. Outubro, 2013. p
80). ”
Mas não estamos aqui para explicar a historia do samba,
apenas tentando dar uma pequena contribuição, cultural às pessoas que costumam
ler esse blog.
E também não podemos nos esquecer que o ritmo sofreu o mesmo
preconceito racial que seus criadores. A imprensa das décadas de 1920 a 1930
tem vários registros de ações da polícia contra os sambistas. Um desses foi
João da Baiana, autor de clássicos e considerado por muitos como o introdutor
do pandeiro nas rodas. Nos anos 20 e 30, ele foi assíduo frequentador da
cadeia. “Fui preso várias vezes por tocar pandeiro”, contou João, em depoimento
ao Museu da Imagem e do Som.
A partir dos anos 1930, o samba ganhou grande espaço na
indústria fonográfica e também foi usado pela política ditatorial de Getúlio
Vargas na época do Estado Novo.
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