quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

DIA NACIONAL DO SAMBA



Depois que o futebol perdeu a graça o Samba passou a reinar só, como a principal marca brasileira no cenário mundial. O que já foi caso de policia é  considerado por muitos  como o mais autentico  gêneros musical  dos brasileiros.
Mas onde essa história começa? Na minha modesta opinião, o samba pode ser considerado um ritmo africano com um sotaque nacional, assim como a língua portuguesa. Algo que veio de fora mas ganhou contornos, traços desse enorme caldeirão cultural chamado Brasil.
O  batuque trazidos pelos africanos trazidos para cá na condição de escravos, pode ser a espinha dorsal desse ritmo que contagiou o mundo. Na tradição africana a musica, o canto e a dança é o altar que serve para celebrar a vida e também a morte.  Essa "coisa de preto" ganhou o mundo, seja com o Jazz, salsa, rumba, e há quem diga que existe contribuições da musica africana até no Tango Argentino - é o caso do  diretor angolano Dom Pedro  que explora a expressão da africanidade do Tango e a contribuição das culturas africanas na criação do tango. Tango é um reflexo da vida social dos escravos que foram levados para a América do Sul – incluindo Argentina e Uruguai.
Segundo Nei Lopes, uma das maiores autoridades no assunto africanidade,  "seria a etnia quioco, na qual samba significa cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito. Há quem dia que vem do banto semba, como o significado de umbigo ou coração. Parecia aplicar-se a danças nupciais de Angola caracterizadas pela umbigada, em uma espécie de ritual de fertilidade. Na Bahia surge a modalidade samba de roda, em que homens tocam e só as mulheres dançam, uma de cada vez. Há outras versões, menos rígidas, em que um casal ocupa o centro da roda. (ALVITO, Marcos. Samba. In: Revista de história da Biblioteca Nacional. Ano 9. nº 97. Outubro, 2013. p 80). ”



Mas não estamos aqui para explicar a historia do samba, apenas tentando dar uma pequena contribuição, cultural às pessoas que costumam ler esse blog.
E também não podemos nos esquecer que o ritmo sofreu o mesmo preconceito racial que seus criadores. A imprensa das décadas de 1920 a 1930 tem vários registros de ações da polícia contra os sambistas. Um desses foi João da Baiana, autor de clássicos e considerado por muitos como o introdutor do pandeiro nas rodas. Nos anos 20 e 30, ele foi assíduo frequentador da cadeia. “Fui preso várias vezes por tocar pandeiro”, contou João, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som.

A partir dos anos 1930, o samba ganhou grande espaço na indústria fonográfica e também foi usado pela política ditatorial de Getúlio Vargas na época do Estado Novo. 

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